E-paper colorido da Philips pode substituir monitores
A Philips é mestre em nos provocar com incríveis conceitos e promessas de e-paper colorido. Eles fizeram isso em 2007, em 2008, e novamente neste fim de semana com um exemplo que poderia fazer com que telas LCD parecessem ser inadequadas.
Como eu disse acima, rumores sobre o e-paper colorido vindo da Philips não são nenhuma novidade. No entanto, este conceito atual (que, como se sabe, isto não passa de um conceito baseado em sonho mesmo) usa uma técnica completamente nova que conserva a resolução da tela ao literalmente inverter o tradicional modelo de pixels de cabeça pra baixo.
Para entender melhor, a tecnologia atual de e-ink de dispositivos como o Reader da Sony e o Amazon Kindle usa a eletroforese. Esta técnica enxerga partículas brancas suspensas em um líquido escuro. Quando um campo elétrico passa por elas, elas ficam felizes, se movem verticalmente pra cima e pra baixo e daí você consegue ler seu Stephen King no seu Kindle.
Mas aquele povo maluco da Philips em Amsterdã jogou tudo isso fora e implementou a "eletroforese em plano" para que eles pudessem deslocar bits multicoloridos horizontalmente, não verticalmente. O resultado pode muito bem rivalizar com o das telas LCD em algum dia:
Cada pixel é composto por duas câmaras de microcápsulas: uma contendo partículas de pigmento amarelo e ciano e a outra, abaixo, contendo magenta e preto. Dentro de cada microcápsula, um conjunto de partículas coloridas é carregado positivamente enquanto o outro é carregado negativamente. Ao controlar cuidadosamente as voltagens nos eletrodos posicionados nas bordas dos pixels, é possível espalhar as partículas coloridas por todo o pixel ou removê-las de vista por completo ao escondê-las atrás dos eletrodos, diz Lenssen. Isto significa que diferentes tons das cores podem ser obtidos controlando-se quanto de cada grupo de partículas coloridas fica visível. Para gerar o branco, todas as partículas são simplesmente deslocadas para o lado, revelando o substrato branco detrás das duas microcápsulas.
Tem mais sobre tudo isso no nosso extenso post sobre a ausência de um eReader "perfeito". Leia, se puder.
O que nos leva à inevitável advertência. Esta tecnologia está "nos seus primórdios", não está pronta, e no mínimo a três anos de nós, se não for mais. Enquanto isso, a Amazon quer que você salve a indústria do jornal de papel ao fazer pra eles uma doação de 500 dólares (isso daí foi inspirado na mensagem do Mark Wilson no Twitter). [Technology Review – Valeu, Ron!]