Ecossistema surpreendente é descoberto a 2.500 m no fundo do mar na Ilha de Páscoa
No ambiente submarino, cientistas desvendaram um ecossistema único e surpreendente nas profundezas marinhas da Ilha de Páscoa, no oceano Pacífico. A equipe de pesquisadores, a bordo do navio de pesquisa marítima Schmidt Ocean Institute, mostrou que animais vivem em entre as chaminés submarinas provenientes de um vulcão subaquático.
“Há muito tempo que conhecemos animais em terra que vivem em cavidades subterrâneas e, no oceano, sobre animais que vivem na areia e na lama, mas, pela primeira vez, os cientistas procuraram animais sob fontes hidrotermais”, disse ao Science Alert Jyotika Virmani, diretora executiva do instituto Schmidt Ocean.
“Esta descoberta verdadeiramente notável de um novo ecossistema, escondido sob outro ecossistema, fornece novas evidências de que existe vida em lugares incríveis.” Jyotika Virmani, do instituto Schmidt Ocean.
Assim, este ecossistema, parte de um complexo geológico próximo à cordilheira oriental do Pacífico, conhecida como cordilheira da Ilha de Páscoa, revela uma complexidade notável.
Vida oculta nas profundezas marinhas da Ilha de Páscoa
O ecossistema revela um intrigante equilíbrio, apontam cientistas. A vida, tanto acima quanto abaixo da superfície, interage harmoniosamente.
Por isso, os seres vivos da região dependem do fluido hidrotermal que emerge das profundezas e do oxigênio presente na água do mar acima. Essa relação simbiótica desempenha um papel vital na sobrevivência desses organismos únicos.
Entre as notáveis descobertas, os vermes tubulares, como por exemplo a espécie Riftia pachyptila, chamaram a atenção dos pesquisadores. Esses vermes, que passam por diferentes fases de desenvolvimento, podem alternar entre a superfície do fundo do mar e as fissuras na crosta terrestre. Portanto, isso ilustra a incrível adaptabilidade da vida nesse ecossistema inexplorado.
Para investigar essa vida oculta, a equipe colocou caixas cúbicas, abertas no solo. Após alguns dias, ficou evidente que a vida tinha prosperado dentro dessas caixas experimentais. A área aberta em um dos lados permitiu a entrada de animais provenientes do fundo do mar, demonstrando a capacidade de vida de se estabelecer nessas condições extremas.