Cultura

Edith Piaf terá cinebiografia de 90 minutos feita inteiramente por IA

A IA servirá para recriar a voz e a aparência da cantora francesa, que morreu em 1963. Veja mais

O filme biográfico da cantora francesa Edith Piaf será inteiramente feito por inteligência artificial, segundo informações da Variety. A IA servirá para recriar a voz e a aparência de Edith, que morreu em 1963.

A Warner Music Group fez uma parceria com o espólio de Piaf e fará um filme de 1h30, chamado “Edith”, mostrando a vida da cantora entre as décadas de 1920 e 1960. A cinebiografia será ambientada em Nova York, nos Estados Unidos, e em Paris, na França.

Segundo a Variety, a narração do filme será feito por uma cópia da voz de Edith Piaf gerada por IA. 

A Warner Music Entertainment e a produtora Serively Happy estão trabalhando no projeto.

A gravadora disse que uma IA foi treinada a partir de centenas de canções e videoclipes de Edith Piaf. Ela defende que a tecnologia fará com que “voz e imagem distintas sejam revividas para aumentar ainda mais a autenticidade e o impacto emocional de sua história”.

As greves dos atores e dos roteiristas de Hollywood, que terminaram recentemente, tinham como reivindicações a regulação do uso de IA nas produções, exigindo mais regulamentações para a tecnologia nos filmes.

As clássicas canções “La Vie en Rose” e “Non, je ne regrette rien” devem estar na cinebiografia.

De acordo com o Deadline, o filme vai usar as gravações originais, além de imagens de arquivo e entrevistas.

Catherine Glavas e Christie Laume, responsáveis pelo espólio de Edith Piaf, defenderam o projeto. “Tem sido uma experiência especial e comovente poder ouvir a voz de Edith mais uma vez – a tecnologia fez com que parecesse que estávamos de volta à sala com ela”, afirmaram, em um comunicado publicado no Deadline.

“Edith” é baseado num projeto de Julie Veille e escrita por Veille e Gilles Marliac.

Edith Piaf foi interpretada — em carne e osso — por Marion Cotillard no filme “La Vie en rose” (no Brasil, “Piaf – Um Hino ao Amor”). Ela venceu o Oscar de Melhor Atriz em 2008 com a performance. 

Pedro Ezequiel

Pedro Ezequiel

Pedro Ezequiel é jornalista pela ECA - USP. Passou pela Rádio USP, Jornal da USP, UOL e DOC Films. Não dispensa café e podcast. É fã de "Moleque Atrevido" do Jorge Aragão.

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