Ciência

El Niño está próximo do fim, diz ONU; veja o que esperar

Fenômeno El Niño, que impulsionou o aumento das temperaturas globais e gerou novos recordes de calor, mas está finalmente na sua fase derradeira
Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil

O fenômeno El Niño, que impulsionou o aumento das temperaturas globais e gerou novos recordes de calor, parece estar acabando. A afirmação deste fim de ciclo foi feita nesta segunda-feira (3) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM).

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Segundo as previsões da OMM, órgão ligado à Organização da Nações Unidas, é provável que haja um retorno ainda este ano às condições características do La Niña.

O La Niña, ao contrário do El Niño, é o resfriamento das águas superficiais do oceano Pacífico. Assim, formando o que são conhecidas como “piscinas de águas frias” no oceano.

O fenômeno produz fortes mudanças na dinâmica geral da atmosfera, alternando o comportamento climático. Atinge a intensidade máxima no final de cada ano e dissipa-se, na maioria dos casos, em meados do ano seguinte.

Probabilidade do La Niña substituir o El Niño

De acordo com as mais recentes previsões da OMM, existe a probabilidade de 50% de o La Niña surgir entre junho e agosto. Esse índice sobe para 60% de julho a setembro e 70% de agosto a novembro.

De acordo com a agência da ONU, os efeitos de cada evento do La Niña variam conforme a intensidade, duração, época do ano em que se desenvolvem e a interação com outras variáveis climáticas.

O que esperar do La Niña

As previsões da OMM sugerem persistência de temperaturas acima do normal em quase todas as áreas terrestres.

Além disso, também sugere uma precipitação acima do normal no extremo norte da América do Sul, na América Central, no Nordeste africano, na região do Sahel e em áreas do Sudoeste asiático devido, em parte, aos impactos típicos da fase inicial das condições do La Niña.

No Brasil, os anos de La Niña tiveram, além de temperaturas mais baixas, historicamente, chuvas acima da média em áreas das regiões Norte e Nordeste. Por outro lado, nas regiões Centro-Oeste e Sul do Brasil, os registros são de chuvas abaixo da média.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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