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Elizabeth Ann, 1º doninha clonada, busca parceiro para procriar e salvar espécie

O objetivo dos pesquisadores é gerar descendentes da espécie com maior variabilidade genética, contribuindo assim no combate à extinção

Elizabeth Ann

Imagem: Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos EUA/Reprodução

Elizabeth Ann nasceu no dia 10 de dezembro de 2020. A doninha-de-patas-pretas (Mustella nigripes) é fruto de uma técnica de clonagem, aplicada na expectativa de salvar a espécie da extinção.

Agora, o animal já está em fase reprodutiva e pronto para seguir seu legado –só falta encontrar o par perfeito. 

Achar a outra “metade da laranja” da doninha não será tarefa fácil. Apesar da carinha fofa, Elizabeth é bastante arisca com os cuidadores e pode apresentar certa desconfiança ao ser colocada junto a um macho da espécie. 

Por conta disso, o possível namorado de Ann precisa ser, acima de tudo, gentil.

O acasalamento das doninhas pode ser bem agitado e perigoso, então é muito importante que dê match para que ambas as partes saiam inteiras (e vivas) dessa aventura. 

Elizabeth Ann também não tem problemas em virar madrasta. Pelo contrário, muitas doninhas-de-patas-pretas são inférteis, o que significa que encontrar um parceiro que já tenha produzido descendentes deve aumentar as chances de sucesso da procriação. 

A espécie, que habita os Estados Unidos, foi dada como extinta em 1970. O jogo virou em 1981, quando um fazendeiro de Wyoming encontrou uma colônia destes animais em suas terras. 

Começaram então os esforços para salvar a espécie, mas apenas sete das doninhas que estavam ali foram capazes de se reproduzir. Como consequência, ocorreram muitos cruzamentos consanguíneos (entre membros da mesma família), o que causou mutações genéticas prejudiciais entre os membros da espécie.

Clonagem 

Elizabeth Ann é um clone de Willa, que morreu em 1988. A falecida teve suas células preservadas no Frozen Zoo do Zoológico de San Diego, nos EUA, o que permitiu a criação de Ann.

Agora, os pesquisadores têm planos de criar um novo lote de doninhas-de-patas-negras, visando aumentar a variabilidade genética da espécie e deter seu declínio reprodutivo.

O sucesso no resgate das doninhas pode indicar que, no futuro, mais espécies ameaçadas de extinção poderão ser salvas por essa prática –basta guardar seus genes.

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