Elon Musk debochou do filme “Barbie” – para surpresa de ninguém

Enquanto “Barbie” quebra recordes de bilheteria, conservadores acusam filme de ser propaganda da esquerda. Até Elon Musk entrou no meio
Elon Musk debochou do filme "Barbie" - para surpresa de ninguém
Imagem: Reprodução/Warner Bros/Wikimedia Commons

O filme “Barbie”, de Greta Gerwig, segue quebrando recordes de bilheteria e se aproxima do cobiçado clube de US$ 1 bilhão em bilheteria. Mas em contrapartida, conservadores acusam o filme de ser propaganda de esquerda e até Elon Musk entrou no debate. Recentemente, o CEO da Tesla zombou do longa-metragem estrelado por Margot Robbie e Ryan Gosling. 

Por meio do Twitter (ou simplesmente “X” como ele mesmo intitulou), Musk estava respondendo a um meme de “Barbenheimer”, que comparava a rede social antes de ser comprada pelo bilionário com os longas “Barbie” e “Oppenheimer”. Ele escreveu: “Se você der um tiro toda vez que a Barbie disser a palavra ‘Patriarcado’, você desmaiará antes que o filme termine”.

Veja a publicação:

Propaganda de esquerda

Por mais que seja um sucesso de bilheteria, conservadores acusam “Barbie” de ser propaganda de esquerda, como aponta o Hollywood Reporter. O advogado e comentarista político norte-americano Ben Shapiro, por exemplo, viralizou no fim de semana após falar sobre o longa no YouTube por 43 minutos, em um vídeo com 1,6 milhão de views. “É a premissa, politicamente falando, é que homens e mulheres estão em lados opostos e se odeiam”. 

É literalmente a única maneira de você ter um mundo feliz, se as mulheres ignorarem os homens e os homens ignorarem as mulheres”, disse. Ele ainda previu: “[“Barbie” vai] absolutamente cair de um penhasco [nas bilheterias].” Shapiro também ateou fogo em bonecas Barbie em um churrasco em protesto.

Escrevendo para o New York Post, Piers Morgan também opinou: “Se eu fizesse um filme zombando das mulheres como idiotas inúteis, atacando constantemente o matriarcado e retratando todas as coisas feministas como besteiras, eu não seria apenas cancelado, mas sim executado. O longa alcança exatamente o que queria alcançar, e isso é estabelecer o matriarcado como o antídoto perfeito para o patriarcado quando, na verdade, é apenas o mesmo conceito”. 

Já o senador do Texas, Ted Cruz, acusou o filme de “beijar o partido comunista chinês”. “Eles querem ganhar dinheiro vendendo o filme na China” por sua suposta inclusão da “linha de nove traços”, disse o senador (que admitiu ainda não ter visto o filme). É importante lembrar que o longa chegou a ser proibido no Vietnã por conta do mapa que favorece a China em suas reivindicações territoriais. 

O podcaster Matt Walsh, que fez o doc anti-trans “What Is a Woman?”, apelidou de “o festival de propaganda feminista mais agressivamente anti-homem já filmado”. Ginger Gaetz, esposa do deputado republicano da Flórida, Matt Gaetz, pediu um boicote à “Barbie” criticando ele como “decepcionantemente baixo” e apontando a “energia beta” do Ken de Ryan Gosling. 

Sucesso de bilheteria 

No entanto, a grande maioria do público que assistiu “Barbie” não parece concordar. Isso porque a produção da Warner Bros. conquistou 90% de aprovação positiva por parte da crítica especializada no Rotten Tomatoes, além de também 90% do público. Na prática, considera-se isso como raro para um título que não é um filme de super-herói ou uma franquia de cinema pré-existente.

Além disso, o longa também conquistou 7,5/10 no IMDb, além de nota A no CinemaScore. Após duas semanas nas telonas, “Barbie” arrecadou US$ 351,4 milhões na América do Norte, tornando-se no quarto maior lançamento doméstico do ano. Globalmente, já arrecadou US$ 750 milhões, sendo o terceiro maior filme do ano. Caso siga dessa forma, será o segundo longa de 2023 a ingressar no clube de bilhões depois do “Super Mario Bros.”, da Universal, com US$ 1,34 bilhão.

Issa Rae, que interpreta a presidente Barbie, disse anteriomente que o objetivo da trama é retratar um mundo onde não existe um ideal único. “Minha preocupação era que parecesse muito branco feminista, mas acho que é autoconsciente. BarbieLand é perfeita, certo? Representa a perfeição. Então, se a perfeição é apenas um monte de Barbies brancas, não sei se alguém pode concordar com isso”, disse Rae.

Rayane Moura

Rayane Moura

Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem

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