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Emilia Clarke explica como sobreviveu a dois aneurismas cerebrais: “estou na minoria que sobrevive”

Como consequências dos dois aneurismas, Emilia Clarke sofreu de afasia, ou seja, a perda de capacidade de expressão e de compreensão

Emilia Clarke

Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Emilia Clarke, que ficou conhecida ao interpretar Daenerys Targaryen em “Game Of Thrones”, contou sobre a experiência de sobreviver a dois aneurismas cerebrais  enquanto gravava a série em 2011 e 2013. Durante entrevista ao programa Sunday Morning da BBC, na qual ela promoveu a produção “The Seagull”, de Anton Chekhov, no Harold Pinter Theatre, a atriz se diz grata por ter conseguido se recuperar. 

“Foi apenas a dor mais excruciante, vômitos enormes, tentando recuperar a consciência. Fiquei dizendo falas minhas da série (“GoT”) na cabeça. Se você está vomitando e tem dor de cabeça, isso não é bom para o seu cérebro”, relembra a atriz. “Eu tinha 22 anos (quando teve o primeiro aneurisma)”, conta Emilia Clarke

Clarke afirmou que as cirurgias deixaram seu cérebro com partes que não estão mais utilizáveis e relata algo impressionante: “é notável que eu seja capaz de falar, às vezes de forma articulada, e viver minha vida completamente normal, sem absolutamente nenhuma consequência”, afirmou Emília. “Estou na minoria muito, muito, muito pequena de pessoas que podem sobreviver a isso.”

“Falta um pouco [do cérebro]“, disse Clarke antes de cair na risada. “O que sempre me faz rir! Porque em caso de derrames, basicamente, assim que qualquer parte do seu cérebro não recebe sangue por um segundo, ela desaparece. E assim o sangue encontra uma rota diferente para se locomover. Isso meio que mostra o quão pouco de nossos cérebros realmente usamos”, completou. 

A atriz também contou que, como uma das consequências dos dois aneurismas, sofreu de afasia, ou seja, a perda de capacidade de expressão e de compreensão. A “Daenerys Targaryen” chegou mesmo a não conseguir relembrar o seu próprio nome. 

Em 2019, Clarke criou uma instituição de caridade para vítimas de lesões cerebrais e derrames chamada SameYou, e se concentra em sua recuperação emocional e mental. No ano seguinte, ela recebeu o prêmio “Public Leadership in Neurology” da American Brain Foundation por seus esforços na conscientização sobre a neurorreabilitação.

Além disso, a atriz deixou seus próprios problemas médicos para trás e aceitou sua atual condição de saúde. “Eu pensei: ‘Bem, isso é quem você é. Este é o cérebro que você tem. Portanto, não faz sentido ficar continuamente quebrando a cabeça sobre o que pode não estar lá”, disse Emília. 

Também em entrevista à BCC, Emilia Clarke garante que não tem interesse em interpretar Daenerys Targaryen em produções futuras ligadas ao universo de “Game of Thrones”. Para a atriz, a história de Daenerys já acabou.  A atriz foi questionada sobre integrar o elenco do projeto que Kit Harrington, ator que deu vida a Jon Snow, propôs à HBO nas últimas semanas. “Não [irei participar]”, disse Clarke.

Por outro lado, a atriz disse estar ansiosa para assistir ao spin-off de “Game of Thrones: House of the Dragon”, que chegará às telas de todo o mundo no dia 21 de agosto.

Clarke também aproveitou o tempo para discutir seu papel em “The Seagull”, que estreou em 6 de julho. “A oportunidade de interpretar Nina em ‘A Gaivota’ no palco do West End com um diretor incrível elogiado e aplaudido como Jamie Lloyd – tem sido uma experiência profunda… em um [formato] tão moderno, despojado e nu”, compartilhou Clarke. “É por isso que você faz teatro. É tão emocionante”. 

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