Empresa acusa Warner de roubar projeto da varinha mágica do Harry Potter

Após uma parceria em 2018, a Warner Bros. teria infringido a tecnologia da Kano para desenvolver uma varinha própria de Harry Potter
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Imagem: Reprodução/Kano

O cofundador e CEO da empresa de codificação infantil Kano, Alex Klein, acusa a gigante Warner Bros. de infringir sua tecnologia para desenvolver uma nova varinha inteligente do personagem Harry Potter. Tudo começou após uma tentativa de parceria em 2018, a fim de lançar a varinha de codificação da saga do famoso bruxo de Hogwarts.

Em entrevista ao site Fast Company, Klein alegou que a Warner Bros. usou a propriedade intelectual da Kano, incluindo invenções, segredos comerciais e ativos patenteados, para lançar a concorrente Harry Potter Magic Caster Wand.

Em uma carta de resposta a Klein este mês, os representantes legais do estúdio escreveram que “o desenvolvimento da varinha mágica do WBD não tem nada a ver com as informações supostamente confidenciais de Kano e não envolveu nenhum uso indevido das informações supostamente confidenciais”.

A parceria de 2018 incluía uma tecnologia programável que poderia ser usada no aplicativo Wizarding World of Harry Potter e elementos interativos em um aplicativo da Kano, por exemplo. Veja o funcionamento:

Como aconteceu a parceria

Segundo Alex Klein, a Kano pagou pelo produto, bem como por sua comercialização, fabricação e fornecimento. Já a Warner Bros. cedeu o direito de uso de Harry Potter e a semelhança de seus personagens para o produto. Foram mais de US$ 1,3 milhão pagos ao estúdio pelo acordo.

Mais de 230 mil varinhas foram vendidas entre julho de 2018 e outubro de 2021, além de outros produtos com a mesma tecnologia. Antes de patentear a ideia, em 2019, a Kano propôs que a varinha pudesse controlar mais do que celulares e computadores, como luzes e som.

As coisas mudaram quando a Warner Bros. quis trazer uma agência de design para trabalhar no produto e submetê-lo a um pedido de propostas. Klein, por sua vez, estava certo de que o acordo já estava fechado, principalmente após as vendas.

“Dissemos: ‘você pode fazer uma solicitação de propostas, mas nós possuímos essa tecnologia subjacente. Se você não decidir construí-lo novamente conosco, terá que pagar uma taxa de licença. Acho que eles não gostaram disso, então escolheram outra empresa para fazer a fabricação desse novo produto”, explicou Klein.

A varinha Magic Caster foi ao mercado em outubro de 2022. Em dezembro, Klein entrou em contato com a Warner Bros. Sem respostas satisfatórias, o CEO da Kano decidiu vir a público com as alegações, buscando reconhecimento. “Quero um acordo comercial justo – seja um acordo de licenciamento ou uma oferta para comprar nossos direitos sobre a tecnologia subjacente”, concluiu.

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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