Ciência

Erisipela: o que é, as causas e por que ela é tão perigosa

Geralmente é provocada pela bactéria Streptococcus pyogenes do grupo A
Imagem: Ministério da Saúde/Reprodução

A erisipela é uma infecção bacteriana aguda que afeta as camadas superiores da pele, causando inflamação e vermelhidão. Geralmente é provocada pela bactéria Streptococcus pyogenes do grupo A, mas também pode ser causada por Haemophilus influenzae tipo B.

A doença é caracterizada por lesões avermelhadas, inchadas e quentes, que podem se espalhar rapidamente se não tratadas adequadamente.

As causas da erisipela incluem a entrada de bactérias na pele através de feridas ou lesões, como cortes, arranhões, picadas de inseto ou condições de pele como eczema e pé de atleta.

Pessoas com sistema imunológico enfraquecido, má circulação sanguínea, diabetes ou obesidade estão em maior risco de desenvolver a doença.

Quais os riscos da doença?

A erisipela é perigosa porque pode levar a complicações graves, como sepse, se a infecção se espalhar para a corrente sanguínea. Além disso, pode causar linfedema, uma condição crônica que resulta em inchaço persistente da área afetada.

Recentemente, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado para tratar da erisipela. Bolsonaro, que já havia sido diagnosticado com a doença em 2021, foi hospitalizado após apresentar sintomas durante um evento partidário em Manaus.

Como é feito o tratamento para Erisipela?

O tratamento para erisipela geralmente envolve o uso de antibióticos para combater a infecção bacteriana e medidas de suporte para aliviar os sintomas. Aqui estão as principais opções de tratamento:

  • Antibióticos: O uso de antibióticos orais, como amoxicilina e cefalexina, é comum e geralmente prescrito por cerca de 5 a 10 dias. Em casos de alergia à penicilina, podem ser indicados outros antibióticos como eritromicina ou clindamicina. Dessa forma, se a erisipela afetar grandes áreas do corpo ou se desenvolver rapidamente, pode ser necessário administrar antibióticos diretamente na veia, o que é feito no hospital.
  • Pomadas: Podem ser prescritas para complementar o tratamento com antibióticos, aplicadas diretamente nas áreas afetadas da pele.
  • Analgésicos e antitérmicos: Medicamentos como paracetamol, dipirona ou ibuprofeno podem ser recomendados para aliviar a dor e a febre.
  • Cuidados em casa: Elevar o membro afetado e aplicar compressas frias pode ajudar a reduzir o inchaço e aliviar a dor. Além disso, é importante manter repouso, ingerir líquidos em quantidade adequada e manter a área afetada limpa e seca.
  • Cirurgia: Em casos onde há formação de abscesso ou necrose da pele, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para remover o pus ou os tecidos mortos.

A doença, embora tratável, requer atenção médica especializada para evitar complicações. A prevenção inclui cuidados básicos com a pele, como manter feridas limpas e secas, e tratar prontamente qualquer lesão cutânea.

A hospitalização de figuras públicas como Bolsonaro serve para aumentar a conscientização sobre a doença e a necessidade de cuidados preventivos e tratamento adequado.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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