Uma colossal erupção solar, originada no lado oculto do Sol, lançou uma poderosa ejeção de massa coronal (CME, na sigla em inglês) que atingiu o planeta Mercúrio. Isso, de acordo com cientistas, desencadeou um fenômeno semelhante a auroras, mas que seria invisível ao olho humano, já que é observável apenas na faixa dos raios-X.
O evento aconteceu no início de março, e e foi capturado pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO) da NASA. A agência registrou um grande filamento de plasma explodindo atrás do membro nordeste do Sol.
A erupção solar, cerca de 40 vezes o tamanho da Terra, ejetou uma nuvem de plasma que se estendeu por aproximadamente 600 mil km de diâmetro, colidindo com Mercúrio horas mais tarde.
Mercury slammed by gargantuan eruption from the sun’s hidden far side, possibly triggering ‘X-ray auroras’ https://t.co/6pEH6Co6wS pic.twitter.com/9I3CNgDtoO
— SPACE.com (@SPACEdotcom) March 16, 2024
Os CMEs são grandes bolhas de plasma da coroa solar, a parte mais externa da sua atmosfera. Elas costumam acontecer junto das erupções solares.
Devido à sua proximidade com o Sol, Mercúrio é frequentemente alvo de CMEs, que ao longo do tempo, contribuíram para a destruição de sua atmosfera, deixando o planeta exposto às tempestades solares.
Entenda o fenômeno que atingiu Mercúrio
Quando as partículas carregadas das CMEs entram em contato com a superfície desprotegida de Mercúrio, elas desaceleram bruscamente, liberando energia na forma de raios-X.
Este processo resulta em auroras de raios-X, um espetáculo invisível a olho nu, mas detectável por instrumentos especializados na Terra.
Este evento destaca a intensidade das interações solares com os planetas do Sistema Solar. Também serve como um lembrete da dinâmica e imprevisibilidade do ambiente espacial.
Além disso, fornece ideias importantes sobre o comportamento do Sol durante o ciclo solar. Especialmente à medida que nos aproximamos do máximo solar, um período de maior atividade solar caracterizado por frequentes e intensas erupções.