Durante escavações em Göbekli Tepe, sítio antigo no sul da Turquia, arqueólogos encontraram uma escultura de cerca de 12 mil anos que pode representar o impacto ou explosão de um cometa (ou partes dele) sobre a Terra. Arqueólogos da Universidade de Edimburgo sugerem que a escultura, além de poder ser o primeiro calendário solar da história, foi criada para ser “um memorial sobre um cometa devastador”.
A pesquisa foca na interpretação dos símbolos em V, particularmente no Pilar 43 do Recinto D, estrutura similar a um templo.
De acordo com Martin B. Sweatman, coautor do estudo, esses símbolos representam um sistema de calendário solar. Portanto, Göbekli Tepe é um dos locais com o calendário mais antigo conhecido, com 11 dias, representados nos pilares.
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Aproveite o descontão da Amazon no celular premium Galaxy S23 UltraEvidências sobre impacto de cometa em escultura
Mas, além disso, os arqueólogos também relacionam o simbolismo de Göbekli Tepe ao evento de impacto conhecido como Younger Dryas, há mais de 12 mil anos. O local do impacto de Dryas é incerto, mas o fenômeno foi marcado por mudanças climáticas e extinção de espécies entre 12.900 a 11.700 anos atrás.
Segundo o estudo, o impacto gerou transformações culturais e sociais importantes na região do Crescente Fértil. Essa região corresponde atualmente à região do Sudoeste da Turquia, além de Palestina, Israel, Líbano, Chipre e partes do Iraque.
Os arqueólogos afirmam que o alinhamento das esculturas de Göbekli Tepe com fenômenos astronômicos sugere que os construtores da escultura, além de saber da existência do meteoro, integraram o evento em seus sistemas de calendário.
De acordo com os arqueólogos, as esculturas no Pilar 43 podem ser representações de um evento cósmico catastrófico. Sweatman se embasa na hipótese – não muito aceita, mas com algumas evidências – de que um cometa causou o impacto de Younger Dryas.
Os símbolos em forma de V e ilustrações de animais na escultura do Pilar 43 também representam a precessão de equinócios.
Além disso, os pilares 2 e 38 possuem esculturas que, segundo os arqueólogos, ilustram a trajetória da chuva de meteoros dos taurídeos, que possui ligação ao cometa Encke. Além disso, elas se alinham com a data do impacto do Dryas.
Portanto, o calendário e a conexão entre as esculturas e o impacto de um cometa sugerem um conhecimento astronômico avançado do povo daquela época.
De acordo com o estudo, as esculturas podem representar um dos registros mais antigos sobre um evento astronômico de impacto significativo na Terra.
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