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Sua esponja de louça contém mais bactéria do que qualquer outro objeto da sua casa

Você não deve ficar surpreso ao saber que o mundo está cheio de bactérias. Mas os números ainda podem ser desconcertantes.

Você não deve ficar surpreso ao saber que o mundo está cheio de bactérias. Mas os números ainda podem ser desconcertantes. Pegue seu corpo como exemplo: ele provavelmente tem 37 trilhões de células ou mais, e talvez o mesmo número de células bacterianas.

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Agora pense em sua esponja de cozinha.

Eu não me importo se você quer pensar nela ou não. Você está pensando nisso agora. E baseado em um novo estudo de uma equipe de pesquisadores alemães, o que você deve estar imaginando é algo terrível. Por terrível, eu quero dizer que a estimativa da pesquisa mostra que um pedaço do tamanho de um cubo de açúcar da região mais densa em bactérias na esponja teria 54 bilhões de células bacterianas.

“Apesar do equívoco comum, [pesquisas anteriores] demonstraram que os ambientes de cozinha tem mais micróbios do que banheiros”, escreveram os autores no artigo, publicado recentemente no periódico Scientific Advances. “Isso deve-se principalmente à contribuição de esponjas de cozinha, que demonstraram representar os maiores reservatórios de bactérias ativas em toda a casa”.

Esses pesquisadores estudam o microbioma do ambiente construído, ou seja, os tipos de bactérias que existem nos lugares em que os seres humanos interagem. Eles estão especialmente interessados em banheiros e cozinhas, lugares onde passamos muito tempo e despejamos muitas bactérias por meio de atividades como cozinhar ou defecar. Uma vez que tocamos as esponjas, deixamos elas paradas e, literalmente, a passamos em cima dos objetos, os pesquisadores se interessaram em saber o que acontecia ali.

Festa das bactérias, é claro.

A bactéria está representada pelo vermelho, a esponja pelo o azul. (Cardinale et al)

O time sequenciou o DNA de 28 amostras de 14 esponjas, encontrando 118 gêneros (a classificação acima de “espécies”) de diferentes tipos de bactérias no total. Eles também observaram a esponja de perto com um método chamado Hibridação fluorescente in situ associado com microscopia de varredura laser confocal, ou FISH-CLSM.

Mesmo depois de desinfetar as esponjas, novas colônias bacterianas apareciam. “Nenhum método [de sanitização] sozinho pareceu ser capaz de atingir uma redução geral de bactérias de mais de 60%”, escreveram os autores. “Nossos dados mostraram que esponjas desinfetadas regularmente (como é indicado para os usuários) não continha menos bactérias do que as que não estavam limpas”.

Bactérias patogênicas, aquelas que te deixam doente, constituíram uma pequena minoria entre as bactérias presentes na esponja, de acordo com o artigo. Mas os métodos de higienização podem aumentar o potencial de bactérias do grupo de risco número dois, que podem causar doenças tratáveis ou evitáveis.

Há ainda mais trabalho a ser feito e o estudo tinha suas limitações. Os autores afirmam que é necessário um estudo mais aprofundado para determinar o quão patogênicas são as bactérias nas esponjas e deve haver um estudo controlado sobre como o saneamento muda o microbioma da esponja. Além disso, eles calcularam a abundância de bactérias locais, mas não fizeram a média dos números em uma esponja inteira. Eles também observam que este campo ainda não possui muita pesquisa.

Nós não estamos tentando assustá-lo – as bactérias são incríveis, e a maioria que aparecem nesse estudo é inofensiva.

Mas os autores sugerem substituir sua esponja uma vez por semana.

[Scientific Advances via Science]

Imagem do topo: Bob Esponja/Nick/Screenshot

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