Esta cientista de 19 anos pode revolucionar a energia solar

Eden acabou de vencer o Startups for Good Challenge no Social Good Summit, e faturou 10 mil dólares para continuar o desenvolvimento da sua ideia. Não que ela precise de mais um incentivo. Só este ano, ela já ganhou outros 4 prêmios de inovação científica e seus advogados de patente (é sério, ela disse que […]

Eden acabou de vencer o Startups for Good Challenge no Social Good Summit, e faturou 10 mil dólares para continuar o desenvolvimento da sua ideia. Não que ela precise de mais um incentivo. Só este ano, ela já ganhou outros 4 prêmios de inovação científica e seus advogados de patente (é sério, ela disse que tem) já fecharam acordos com grandes fabricantes para aproveitar sua ideia. Agora que tiramos o objeto de inveja, qual é a sacada genial de Eden?

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Os painéis solares rendem mais quando recebem os raios de sol perpendicularmente, então o ideal é que eles acompanhem a trajetória do Sol no céu, como girassóis. Isso já acontece em alguns modelos, mas é preciso de energia (diminuindo a eficiência) e algum tipo de motor. O protótipo de Eden, chamado “SunSalute” (saudação ao Sol), segue a luz perfeitamente durante o dia, sem necessidade de eletricidade extra. A mágica está em fazer a estrutura desigual, com um lado mais pesado, e um sistema de metais e molas que se comprimem e expandem dependendo da hora do dia e o vento, permitindo a movimentação. A grande sacada é que o comprimento dos mecanismos internos está relacionado à latitude do lugar onde as células fotovoltáicas são implantadas, já que a trajetória do Sol é diferente no norte do Canadá e no centro da África, por exemplo. Se seu inglês está bom, veja quando ela apresentou a ideia pela primeira vez, em 2009:

http://www.youtube.com/watch?v=zzq6eX1-jrw

Eden foi para o Quênia este ano testar alguns protótipos, e eles funcionaram muito bem. O painel que ela pensou é relativamente pequeno, tem estrutura de bambu e é um sexto do preço do normal. Ela está refinando o protótipo para implementar 3 modelos diferentes em 2012, para que o sistema de molas dure mais tempo (atualmente precisa ser trocado 3 vezes por ano).

Ao final da sua palestra que explicou vários detalhes, perguntaram à garota se ela não tinha medo de roubarem a sua ideia – ela entrou com pedido de patente, mas ainda não foi concedida. Risonha mas não muito modesta, ela explicou que a propriedade intelectual “está na calibragem para cada latitude. Se você roubar meu protótipo no Quênia ele não vai funcionar na Itália. Só eu sei.” Mas e se alguém descobrir a lógica? Na pior das hipóteses, o mundo chegará antes à meta de produzir energia limpa. O que é na verdade o sonho dela. Nada mal.

 

* O Gizmodo viajou a Nova York para o Social Good Summit a convite da Ericsson, patrocinadora do evento. E está bem mais otimista em relação ao mundo.

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