Este robô goleiro fecha o gol em quase 90% dos chutes

Máquina consegue prever se bola vai entrar no gol a partir da posição da bola no pé do jogador. Tem vaga no seu time?
Este goleiro robô fecha o gol em quase 90% dos chutes

Um robô criado por pesquisadores de três universidades norte-americanas se tornou um goleiro de primeira classe. Programado com um modelo de aprendizado por reforço, o robô deixa passar 12,5% dos chutes – uma estatística surpreendente até mesmo para inteligência artificial. 

O modelo foi apresentado pela primeira vez neste artigo científico, publicado no início do mês na plataforma arXiv. Como explica o estudo, o aprendizado de máquina melhora as habilidades do robô ao longo do tempo através de tentativas e erros – assim como um goleiro humano faria.  

[Ser goleiro] exige que o robô reaja à bola em movimento rápido, às vezes voando no ar, e a intercepte usando manobras dinâmicas em um período de tempo muito curto”, disse Xiaoyu Huang, um dos autores do estudo, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, ao site Techxplore.

Segundo Zhongyu Li, pesquisador da Universidade da Califórnia, o robô primeiro aprende diferentes formas de controlar sua locomoção, como desvios, mergulhos e pulos. Em seguida, a máquina analisa a posição da bole no pé do jogador e planeja quais os movimentos ideais para pegar o objeto.  

Os pesquisadores treinaram o modelo de aprendizado em uma série de simulações de jogos de futebol. Depois, testaram o desempenho no mundo real. Contra outros robôs, o goleiro conseguiu salvar 87,5% de 40 chutes aleatórios. 

“O mais interessante do trabalho é que, com este aprendizado de máquina, o robô goleiro ganha habilidades de locomoção muito dinâmicas e ágeis”, afirmou Xue Bin Peng, da Universidade de Simon Fraser, no Canadá. 

Próximos passos 

No futuro, o modelo de aprendizado por reforço poderá melhorar o desempenho de robôs que participam da RoboCup.

A competição internacional de robótica quer desenvolver uma equipe de robôs humanóides capaz de derrotar os campeões humanos da Copa do Mundo de futebol até 2050. 

Mas, antes disso, o modelo pode abrir caminho para melhorar a agilidade e habilidades físicas de robôs quadrúpedes. Os que já existem, em especial nos EUA, Rússia e China, servem em diferentes tarefas, desde domésticas até de busca e salvamento. 

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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