Estes aplicativos estão roubando suas informações sem a sua permissão

Eu adoro o Pandora. Ele já virou parte da minha vida. Mas eu não gostei de saber que boa parte da minha vida, como minhas informações demográficas, meu número de telefone e minha localização foram roubadas e usadas por seis empresas diferentes. E,segundo o Wall Street Journal, o Pandora é fichinha perto de outros aplicativos. A […]

Eu adoro o Pandora. Ele já virou parte da minha vida. Mas eu não gostei de saber que boa parte da minha vida, como minhas informações demográficas, meu número de telefone e minha localização foram roubadas e usadas por seis empresas diferentes. E,segundo o Wall Street Journal, o Pandora é fichinha perto de outros aplicativos.

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A matéria do WSJ desmascara algo que muitos de nós já suspeitávamos, ou até mesmo já sabíamos mas nunca nos preocupamos tanto: aplicativos de Android e de iOS levam nossos dados para dar uma volta com freqüência. Mais da metade dos 101 aplicativos mais populares testados pelo jornal enviaram a identificação única dos aparelhos para empresas, sem conhecimento e consentimento do usuário. Quase o mesmo número de apps compartilharam a localização, e um punhado deles chegou ao ponto de enviar informações demográficas e outros detalhes pessoais para seus anunciantes.

É uma pequena amostra dada às centenas de milhares de aplicativos que as lojas têm, mas é triste pensar que os nomes mais famosos são exatamente os mais abusados. E a lista com os mais infratores é basicamente uma seleção de melhores apps (pelo menos nos EUA): Pandora. Angry Birds. Netflix. Shazam. Até tu, Yelp?

E, sim, faz sentido que aplicativos que precisam das suas informações de localização realmente devem saber onde você está. Mas esse passo a mais de enviar as informações aos marqueteiros é algo que os usuários precisam ter conhecimento, e na realidade deveriam poder optar por não usar o aplicativo por isso. Nem todo mundo prefere anúncios altamente segmentados em troca do comprometimento da privacidade dentro de seu smartphone.

No geral, aplicativos do iOS compartilham mais informação do que os de Android – o que é algo surpreendente, dada à rigidez do processo de aprovação de aplicativos da App Store, se comparado ao ecossistema mais anárquico do Android. E eis a notícia triste: não há nada que você possa fazer para impedir isso, a não ser desinstalar o aplicativo.

Mas há algo que a Apple e o Google podem fazer: criar políticas de privacidade. Deixar abundantemente claro para o usuários que informações tal aplicativo irá utilizar e para quem eles irão enviar esses dados. E se as duas estiverem com o espírito generoso do Natal no coração, que dêem a opção do usuário não participar disso.

Para ver o gráfico completo – e receber uma aula de como sua informação é compartilhada – confira a matéria completa do WSJ e esse gráfico interativo. E pode começar a escrever alguns e-mails raivosos para certas empresas e desenvolvedores. [WSJ]

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