Tecnologia

Estudantes de escola pública desenvolvem pulseira localizadora de baixo custo

Pulseira localizadora pode ser usada para proporcionar segurança para famílias de pessoas neurodivergentes, neurodegenerativos e idosos
Imagem: Gabriel Pinheiro/Secti

A tecnologia tem o poder de transformar vidas, especialmente quando é usada para atender às necessidades daqueles que muitas vezes são esquecidos. Foi com esse espírito que três alunas de uma escola pública na Bahia criaram uma solução inovadora para a inclusão social.

Ana Clara Cerqueira, Evelyn Rodrigues e Rayka Ravena, movidas pela observação das dificuldades de neurodivergentes, neurodegenerativos e idosos, criaram uma solução prática e econômica: uma pulseira localizadora de baixo custo.

A ideia das estudantes do Centro Estadual de Educação Profissional em Tecnologia, Informação e Comunicação de Lauro de Freitas surgiu da necessidade de proporcionar segurança e tranquilidade para as famílias desses indivíduos.

“A tecnologia avançada deve servir para todos”, afirmou Evelyn à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Estado da Bahia. Ela explica ainda que se inspirou na condição de seu tio com Alzheimer para contribuir com o projeto.

O grupo projetou um dispositivo que é não apenas funcional, mas também confortável e resistente à água, pensando sempre no bem-estar do usuário. A pulseira se assemelha com um smartwatch, porém sem tela e com a pulseira feita de um tecido macio.

O projeto é o resultado direto da aplicação dos conhecimentos técnicos adquiridos em sala de aula. “Trouxemos para a prática o que aprendemos sobre manutenção e reciclagem”, diz Ana Clara.

Pulseira localizadora de baixo custo

Com o uso de materiais recicláveis e componentes eletrônicos como placas e chips, as estudantes conseguiram criar uma conexão confiável com satélites. Além disso, desenvolveram um aplicativo complementar que, através do GeoC, alerta os familiares se o usuário sair de uma zona de segurança pré-estabelecida.

O custo reduzido de produção é um dos grandes atrativos do projeto. “Nosso objetivo é alcançar aqueles que não têm acesso a tecnologias caras”, explica Ana Clara. Assim, a pulseira é uma alternativa viável aos smartwatches, que muitas vezes são muito caros.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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