Estudo alerta: saleiro na mesa é atentado à sua saúde
Você é daquelas pessoas que gosta de “corrigir o sal” de suas refeições sempre que possível? Se a resposta for sim, é hora de mudar alguns hábitos. Um estudo publicado no European Heart Journal sugere uma relação entre mortes prematuras – antes dos 75 anos – e a alta ingestão de sal.
Para chegar a tal conclusão, pesquisadores da Escola de Saúde Pública e Medicina Tropical da Universidade de Tulane, nos EUA, analisaram dados disponíveis no UK Biobank de mais de 500 mil britânicos.
Os voluntários haviam ingressado no estudo entre 2006 e 2010, e foram acompanhados por cerca de nove anos. Todos tiveram que responder através de um formulário se adicionavam sal aos alimentos, além de relatar a frequência. Fatores como idade, sexo, etnia, índice de massa corporal, tabagismo, ingestão de álcool, atividade física, entre outros também foram considerados.
E lá estava o resultado: aqueles que sempre adicionavam sal ao alimento na mesa tinham um risco 28% maior de morrer de forma prematura do que o grupo que não tinha o hábito. Os cientistas também indicaram que adicionar sal extra às refeições reduz em mais de dois anos a expectativa de vida para homens com 50 anos e em 1,5 ano para mulheres da mesma idade.
Vale lembrar que o estudo considerou o sal que é adicionado na comida depois que a receita já está finalizada. O ingrediente usado para temperar o alimento durante o preparo não foi considerado.
Retirar os saleiros das mesas é apenas o primeiro passo. Estima-se que 70% da ingestão de sódio venha de alimentos processados e pré-prontos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a maior parte da população ingere uma média de 9 a 12 gramas de sal por dia, o que é duas vezes mais do que a ingestão máxima recomendada.