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Estudo brasileiro mostra como o pescoço dos dinossauros cresceu tanto

Fósseis de 228 milhões de anos encontrados no Rio Grande do Sul podem ajudar a rastrear a origem o pescoço dos saurópodes

Estudo brasileiro mostra como o pescoço dos dinossauros cresceu tanto

Imagem: Mark Turner/Alamy/Nature/Reprodução

Os saurópodes são dinossauros herbívoros que impressionam devido ao tamanho de seus corpos — e, principalmente, de seus pescoços. 

Mas nem sempre foi assim. Para ter uma ideia, eles descendem de sauropodomorfos que mediam cerca de 1,5 metro de comprimento e pesavam menos de 10 quilos. Esses também eram bípedes e tinham pescoço curto, além de se alimentar de carne. 

Por muito tempo, o fato trouxe uma dúvida aos cientistas: o pescoço desses dinossauros evoluiu de uma só vez ou cresceu de maneira gradual? Afinal, há animais do grupo com mais de quatro metros de comprimento e que podem ultrapassar os 100 quilos.

A resposta para essa pergunta foi publicada agora na revista The Anatomical Record por paleontólogos brasileiros. O estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e teve como base fósseis de dinossauros encontrados no município de Agudo, no estado sulista. 

A equipe analisou cinco vértebras cervicais que datam de 228 milhões de anos atrás, apontando para um período considerado de transição. Com esses ossos, os cientistas puderam comparar as evidências a fósseis de sauropodomorfos mais antigos e outros mais novos. 

Dessa forma, os pesquisadores comprovaram a evolução gradual do animal. As vértebras recuperadas no sul do Brasil remetiam a um pescoço mais comprido do que aquele visto para animais mais antigos, porém mais curto do que o pescoço de dinossauros mais novos.

Segundo os pesquisadores, os longos pescoços dos sauropodomorfos evoluíram lentamente e foram uma das primeiras características definidoras desse grupo, pré-datando seu tamanho notável e acompanhando as mudanças na dieta.

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