EUA autorizam Elon Musk a lançar mais 7.500 satélites da Starlink
A Comissão Federal de Comunicações (FCC), dos Estados Unidos, autorizou parcialmente a Starlink a expandir a sua rede de satélites em órbita baixa da Terra. A autorização vem no momento em que usuários começam a experimentar uma redução nas velocidades da internet via satélite oferecida pela empresa.
Inicialmente, a Starlink solicitou ao órgão o lançamento de 29.988 satélites. Porém, a FCC limitou por enquanto esse número para apenas 7.500, diante de preocupações sobre a segurança no espaço e o aumento de lixo espacial em órbita.
A concessão permite o lançamento da nova geração de satélites desenvolvidos pela Starlink – chamados Gen2 –, que deverão ser implantados em altitudes entre 525 e 535 km, e operando nas bandas Ku, Ka e E. Os novos satélites serão maiores, mais pesados e com uma maior largura de banda em relação aos satélites da geração anterior.
Até novembro, existiam 3.271 satélites da Starlink em órbita da Terra, sendo que 3.236 ainda estão operacionais.
Starlink enfrenta lentidão
Segundo a consultoria Ookla, a velocidade média de download da Starlink nos EUA caiu pela metade nos últimos meses, por conta do aumento no número de usuários.
Dados apontam que a velocidade oferecida caiu de 105 Mbps, no final do ano passado, para 53 Mbps no último trimestre. Já a velocidade de upload variou de 12 Mbps para 7,2 Mbps no mesmo período, enquanto que a latência aumentou de 40 ms para 67 ms.
A Ookla ressalta que a internet via satélite da Starlink é bem-vinda para quem mora em áreas isoladas ou não possui a oferta de banda larga por meio de outras tecnologias. Mesmo com a queda na velocidade, os usuários ainda podem fazer streaming de vídeo em 4K ou video-chamadas.
Porém, os maiores impactados pela redução na velocidade são os usuários que jogam online, principalmente por conta do aumento do tempo de resposta.
No Brasil, o serviço da Starlink já está disponível em quase todo o Brasil, com exceção de uma faixa das regiões Norte e Nordeste, bem como no Acre e em parte do Amazonas e do Mato Grosso. A assinatura custa R$ 230 por mês, e requer a compra do equipamento por R$ 2.000 — sem incluir impostos e o frete.