Elon Musk: Starlink chega ao Polo Sul e está nos 7 continentes
O bilionário Elon Musk anunciou que a rede Starlink agora está disponível também na Antártida. Com a novidade, o magnata ressalta que o serviço de internet banda larga via satélite passa a funcionar em todos os continentes do planeta.
Desde a última semana, cientistas americanos da Estação McMurdo, na Antártida, estão usando a conexão de internet da Starlink. O local comporta mais de 1.000 pessoas e já tinha conectividade via satélite. Porém, era um link de apenas 17 Mbps que era compartilhado entre todos – o que dificulta, por exemplo, assistir a Netflix, fazer backup na nuvem ou atender videochamadas.
Segundo a NSF, a Fundação Nacional da Ciência dos EUA, a maior largura de banda da Starlink vai servir às pesquisas científicas feitas ali. Porém, conforme apontou o The Verge, a fundação não detalhou como os terminais serão usados na prática, uma vez que eles estão em fase de testes.
Atualmente, a rede Starlink conta com mais de 3 mil satélites funcionando na órbita baixa da Terra. O objetivo é chegar a 42 mil até 2027. Esta é a maior constelação de satélites no espaço pertencente a uma única empresa.
Por mais que Musk comemore a disponibilidade do serviço em todo o planeta, ela ainda está longe de oferecer uma “cobertura global”. No Brasil, por exemplo, o serviço ainda não está disponível no Mato Grosso, nos estados da região Norte e em boa parte do Nordeste.
De acordo com o mapa de disponibilidade do serviço (abaixo), a Starlink também não é oferecida em boa parte da América do Sul, no continente africano, bem como nos vários países da Ásia – incluindo a Índia. Já a disponibilidade marítima ainda está limitada apenas a águas costeiras de alguns países.
Além disso, por mais que Musk ressalte que a Starlink é destinada apenas para uso pacífico, países que têm tensões geopolíticas com os Estados Unidos não devem contar tão cedo com o serviço. É o caso da Rússia, Irã, China, Venezuela, entre outros.
Vale lembrar que, além da cobertura de satélites, o serviço também depende de aprovação regulatória de cada país para a oferta do serviço aos usuários.
Para utilizar o serviço no Brasil, o usuário precisa comprar o hardware – que inclui antena, roteador e cabos – por R$ 2.000 e pagar a mensalidade de R$ 230 – com esses valores não incluindo frete e impostos. O serviço promete velocidades de download entre 50 e 200 Mbs e upload de 10 e 20 Mbps.