A Europa está prestes a ganhar o seu primeiro supercomputador com sistema exascale — baseado em Linux. Conhecido como JUPITER, o equipamento auxiliará os institutos de pesquisa para processar dados complexos, que dependem de sistemas avançados. O computador ficará no Jülich Supercomputing Centre, na Alemanha, e a previsão é que sua operação comece em 2024.
A iniciativa parte de um trabalho em conjunto entre a ParTec, SiPearl e a Nvidia. Com o projeto, o trio pretende entregar uma máquina com desempenho de ponta, colocando-a entre as melhores do mundo. Atualmente, o Frontier, dos Estados Unidos, é o supercomputador mais poderoso do mundo, segundo o Top500.
Para roubar o posto do Frontier, o novo computador vem com apenas 24 mil placas de vídeo Nvidia GH200. Esse arsenal cai como luva para treinar modelos de inteligência artificial, especialmente as aplicações generativas — como faz o ChatGPT ou o Bard, por exemplo.
Pelo Twitter, no último dia 15, o centro de supercomputação mostrou fotos de dois módulos da GPU já entregues. “Eles passarão a fazer parte da Plataforma de Avaliação JURECA-DC e serão utilizados nos preparativos para o JUPITER”, afirmaram. “Estamos animados!”
Veja:
We seem to have behaved well this year, we got an early Christmas present! Two #NVIDIA #GH200 Grace-Hopper nodes arrived. They will become part of the JURECA-DC Evaluation Platform and used for preparations for JUPITER. We are excited! #HPC #exa_JUPITER pic.twitter.com/FNjtrvOUG5
— FZ Jülich-JSC (@fzj_jsc) December 15, 2023
O que é um supercomputador exascale?
O Interesting Engineering aponta que supercomputadores dessa categoria pode realizar bilhões de operações por segundo. Seria o equivalente a combinar o desempenho de 10 mil notebooks simultaneamente.
Espera-se que o JUPITER supere a marca de 90 exaflops a 8 bits. Segundo a Nvidia, um exaflop equivale a um quintilhão de operações de ponto flutuante por segundo. Pontos flutuantes são cálculos feitos com números formados expressos com pontos decimais — mais complexos para um computador processar.
As informações são da NewScientist.