Na pele do canibal Jeffrey Dahmer, o ator Evan Peters tem dado embrulho no estômago de quem assiste a super assistida série da Netflix, “Dahmer: Um Canibal Americano”, sobre o serial killer que matou 17 pessoas nos EUA entre 1978 e 1991.
Mas viver um personagens anormais já virou rotina na carreira do ator. Veja como ele se transformou em um “especialista em psicopatas”.
Mesmo com apenas 35 anos, Evan Peters já participou de grandes sucessos de bilheteria, como a franquia “X-Men”, “Deadpool” e a premiada série “WandaVision”, mas foi com personagens macabros que o americano ganhou destaque, principalmente na série de televisão da FOX “American Horror Story”, também produzida por Ryan Murphy.
Para quem gosta de terror e true crime, os trabalhos de Evan Peters são um prato cheio. Relembre alguns deles a seguir:
Tate Langdon, em “American Horror Story: Murder House”
Logo na primeira temporada de “American Horror Story”, Peters interpreta Tate Langdon, o fantasma de um adolescente que sofre bullying na escola. Suas facetas fizeram o público se apaixonar por um rapaz encantador e empático e, ao longo da temporada, o jovem prova ser exatamente o contrário.
O enredo se passa em uma mansão localizada em Los Angeles, na Califórnia, que coleciona centenas de mortes e espíritos e Evan Peters é um deles. Ele até tenta esconder seu lado sórdido, mas não consegue deixar o passado de lado, e se revelar um assassino frio e calculista, responsável por armar um massacre no colégio que estudava.
Passamos boa parte da temporada torcendo pelo romance adolescente dele com Violet (Taissa Farmiga), moradora da casa macabra.
O personagem é baseado nos casos reais de atentados feitos por adolescentes nos Estados Unidos, principalmente o massacre de Columbine, em 1999. Na trama, Tate pergunta a uma garota se ela acredita em Deus antes de matá-la, assim como, segundo relatos, aconteceu na vida real.
James March, em “American Horror Story: Hotel”
Em sua quinta temporada, “American Horror Story: Hotel” promove um jantar de Dia das Bruxas com a presença de diversos assassinos, incluindo Aileen Wuornos, John Wayne Gacy e o próprio Jeffrey Dahmer. O anfitrião? James Patrick March, interpretado por Evan Peters. March é empresário que mandou construir o Hotel Cortez e todas as armadilhas mortais que escondeu.
Inspirado em um verdadeiro assassino em série chamado Henry Howard Holmes, dono de um hotel em Chicago e responsável pela morte de diversas pessoas no século 19 (ele admitiu ter matado 27, mas as estimativas chegam a 200 vítimas), James Patrick March também matava e torturava os hóspedes em calabouços secreto do prédio.
Na série de ficção, o personagem de Peters tira a vida de mais de 300 pessoas, incluindo a personagem de Lady Gaga, que fez sua estreia como atriz na produção lançada em 2015. Todos os espíritos ficam presos no hotel e continuam sendo torturados por March. Vale a pena assistir, mas é altamente não recomendado para quem não gosta do gênero terror.
Kai Anderson, em “American Horror Story: Cult”
Mesmo com um histórico de psicopatas sinistros, um dos papéis mais perturbadores de Peters ficou para a sétima temporada, em “American Horror Story: Cult”. Essa foi a primeira temporada da série que não contou com fenômenos sobrenaturais: todo o mal foi praticado por seres humanos.
Em “AHS: Cult”, Peters interpreta Kai Anderson, o líder de uma seita ativa nos Estados Unidos dos tempos atuais. Embora Anderson seja um personagem fictício, ele é inspirado em diversos líderes de cultos que existiram de verdade, como Charles Manson e Jim Jones.
Charles Manson, em “American Horror Story: Cult”
Na mesma temporada em que interpretou Kai Anderson, Evans encarnou ninguém menos que Charles Manson em um dos episódios, durante uma alucinação de seu próprio personagem. Para quem não lembra, Manson foi o líder de uma seita que recrutou jovens e aterrorizou os Estados Unidos com uma série de assassinatos na Califórnia em 1969.
Entre as vítimas estava a atriz Sharon Tate, grávida de oito meses, que foi esfaqueada com outras quatro pessoas pelo grupo em sua casa. O episódio ganhou uma releitura em “Era Uma Vez em Hollywood”, de Quentin Tarantino.
O ator também interpreta outros personagens em “Cult”, entre eles; Marshall Herff Applewhite Jr., líder religioso e fundador de uma seita que organizou um suicídio coletivo em 1997; James Warren “Jim” Jones, responsável por comandar um assassinato em massa dos 918 membros da sua seita em 1978; e David Koresh, outro líder sociopata que causou a morte de pessoas e crianças nos anos 90.