Ex-estagiário da NASA vendeu fitas originais do pouso na Lua por US$ 1,82 milhão em leilão

No sábado, data do 50º aniversário do pouso da Apollo 11, Gary George conseguiu vender os três vídeos da NASA do evento histórico por US$ 1,82 milhão.
Buzz Aldrin posando com a bandeira dos EUA na superfície lunar em 20 de julho de 1969, como parte da missão Apollo 11. Foto: NASA/Neil A. Armstrong (AP)

Lembra daquele ex-estagiário da NASA, Gary George, que queria leiloar as fitas originais com as gravações do primeiro pouso na Lua? No sábado (20), data do 50º aniversário do pouso da Apollo 11, ele conseguiu vender os três vídeos da agência sobre o evento histórico por US$ 1,82 milhão na casa de leilões Sotheby’s, informou a CNN.

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A Sotheby’s alega que os vídeos não foram aprimorados, restaurados ou alterados de qualquer outra forma e são as “imagens de vídeo sobreviventes mais precisas, detalhadas e antigas dos primeiros passos do homem na Lua”, escreveu a CNN. George pagou US$ 217,77 em 1976 (aproximadamente US$ 980 em dólares de hoje) por 1.150 bobinas de fita magnética da NASA em um leilão do governo, enquanto estudava no Johnson Space Center, em Houston. De acordo com a CNN, George de fato não percebeu que o lote incluía imagens valiosas do pouso na Lua no início, e só se deu conta de que a gravação poderia ser valiosa em 2008:

George vendeu e doou algumas das fitas, mas ele guardou três delas depois que seu pai notou que elas estavam rotuladas como “APOLLO 11 EVA | 20 de julho de 1969, REEL 1 [-3]” e “VR2000 525 Hi Band 15 ips”. Ele não tinha dado muita importância a elas até descobrir em 2008 que a NASA estava tentando localizar suas fitas originais para o 40º aniversário do pouso na lua, disse a Sotheby’s.

As fitas têm um tempo de execução combinado de 2 horas e 24 minutos, e mostram toda a caminhada lunar vista pela equipe do Controle da Missão, desde a primeira caminhada até o telefonema com o então presidente Richard Nixon, disse a casa de leilões.

“Já que a câmera teve que ser implantada antes de [Neil] Armstrong e [Buzz] Aldrin saírem do Módulo Lunar se realmente fossem capturar seus primeiros passos na superfície da Lua, a câmera foi guardada em um suporte à prova de choque e isolada no Conjunto de Armazenamento de Equipamentos Modulares (MESA) da LM”, disse a Sotheby’s em comunicado à CNBC. “Armstrong liberou o MESA quando ele olhou pela primeira vez para fora do LM, de modo que a câmera estivesse em posição de capturar sua lenta descida pela escada até a superfície lunar. Os dois astronautas removeram a câmera do LM e a montaram em um tripé para capturar uma visão mais ampla do LM e suas atividades e experimentos. ”

A identidade do comprador não foi divulgada.

A NASA “perdeu” 14 fitas de dados (na verdade, provavelmente elas foram reutilizadas para gravar algo por cima) contendo as imagens de televisão de varredura lenta (SSTV) recebidas diretamente do pouso na Lua em 1969, mas diz que nenhum dado foi realmente destruído, pois conseguiram recuperar tanto filmagens de alta qualidade convertidas para o formato NTSC para transmissão quanto um vídeo Super 8 da Austrália de algumas das pré-conversões de filmagens do SSTV.

A agência escreveu que as fitas de George são “fitas de vídeo de 2 polegadas gravadas em Houston a partir do vídeo que foi convertido para um formato que pode ser transmitido pela televisão comercial” que “não contém material que não tenha sido preservado na NASA”. A Sotheby’s alegou que as imagens nas fitas são “mais nítidas e distintas” do que outras versões, porque nunca foram degradadas pela transmissão entre as torres de microondas.

É provável que as imagens originais da SSTV nunca sejam encontradas, de acordo com o New York Times, com a NASA determinando nos anos 2000 que provavelmente foram vítimas de escassez de fitas nos anos 80. As próprias gravações da NASA da emissora sofreram danos irreparáveis ​​devido à alta umidade em meio a uma escassez de energia durante o governo Carter, quando as instalações federais foram forçadas a desligar o ar condicionado, acrescentou o Times.

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