Um ex-funcionário da Apple confessou crimes de fraude contra a empresa, que, de acordo com o Gabinete do Procurador dos Estados Unidos para o Distrito Norte da Califórnia, somam um prejuízo de US$ 17 milhões (o equivalente a R$ 87 milhões em conversão direta) para a Apple.
O funcionário é Dhirendra Prasad, de 52 anos, que trabalhou na gigante da tecnologia de 2008 a 2018. O réu assumiu que cometeu uma série de irregularidades nos últimos sete anos em que esteve na empresa. Entre os crimes reconhecidos está inflação de faturas, recebimento de propina, desvio de peças e pagamentos por produtos e serviços nunca recebidos pela Apple.
Prassad não agiu sozinho e teve a ajuda de outras duas pessoas: Robert Gary Hansen e Don Baker. Os cúmplices do ex-funcionário da Apple também assumiram participação nos crimes e admitiram que dividiram todo o montante desviado da empresa.
Em um dos diversos golpes aplicados, Prassad emitiu faturas falsas da Apple para a empresa de Baker e usou uma de fachada para emitir notas fiscais falsas para ocultar os pagamentos ilícitos, prática caracterizada como fraude fiscal.
Em um dos atos criminosos, o ex-funcionário desviava placas-mãe para a empresa de Baker, a CTrends. Depois disso, fazia pedidos para a CTrends e realizava o pagamento, enquanto a Apple recebia de volta os produtos que haviam sido desviados. O esquema fazia a “maçã” pagar duas vezes pelos mesmos pedidos.
Dhirendra Prasad pode pegar até 25 anos de prisão por todos os crimes, ele aceitou pagar cerca de US$ 5 milhões em ativos, adquiridos através dos golpes, para ter sua pena reduzida. O julgamento está marcado para 14 de março de 2023.