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Exame nos olhos prevê risco de doenças no coração em segundos

Usando uma ferramenta de inteligência artificial, cientistas britânicos relacionaram a estrutura das veias e artérias dos olhos ao risco de doenças cardiovasculares

Exame nos olhos prevê risco de doenças no coração em segundos

Imagem: Amanda Dalbjörn/Unsplash/Reprodução

Pesquisadores da Universidade St. George, no Reino Unido, encontraram uma forma de prever o risco de doenças cardíacas a partir de exames de vista. Para isso, os cientistas desenvolveram uma ferramenta de inteligência artificial chamada Quartz

Nos exames de vista, os médicos podem detalhar desde as veias até as artérias da retina dos pacientes. Esses dados, por sua vez, parecem estar relacionados ao risco de doença cardiovascular, infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Para chegar a tal conclusão, a equipe analisou imagens dos olhos de 88.052 pessoas presentes no Biobank – um biobanco de dados de pacientes britânicos. Depois, usou a IA para relacionar as informações aos casos de doenças cardiovasculares. Os voluntários tinham entre 40 e 69 anos. 

De acordo com o estudo, publicado na revista British Journal of Ophthalmology, a largura, curvatura e variação da largura das veias e artérias da retinas foram considerados importantes indicadores de risco de morte por doença circulatória em homens. Nas mulheres, a área e a largura da artéria e a curvatura e a variação da largura da veia contribuíram para a predição do risco.

Após chegar a tais informações, os cientistas aplicaram o resultado em um novo grupo com 7.411 participantes, que foi acompanhado por mais sete anos. Os voluntários tinham entre 48 e 92 anos. Os resultados se confirmaram, sugerindo que o novo método é capaz de prever o risco de problemas cardíacos. 

O teste demora menos de um minuto para ser feito e requer apenas uma câmera. Os cientistas acreditam que, no futuro, outros profissionais da saúde poderão realizar o exame, sem necessidade de análises invasivas. 

Diagnosticar a predisposição do problema é importante para evitá-lo, ainda mais quando considerado que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil e em todo o mundo.

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