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Exército dos EUA vai testar “pílula do rejuvenescimento” em soldados

O medicamento pode ajudar os soldados a ter menos lesões e preservar a condição física no campo de batalha.

Imagem: Christina Victoria Craft/Unsplash

Imagem: Christina Victoria Craft/Unsplash

O Comando de Operações Especiais dos Estados Unidos (SOCOM, na sigla em inglês) vai iniciar em breve os testes de uma pílula que pode evitar o envelhecimento dos soldados. O medicamento em fase experimental deve ajudar os combatentes a manter a saúde intacta por um curto período de tempo, diminuindo os efeitos degenerativos causados pelo envelhecimento natural.

O SOCOM é uma organização que administra as Forças Especiais dos EUA. Logo, é natural que a entidade desenvolva todo o tipo de técnica para aprimorar a performance dos soldados no campo de batalha.

Para a tal “pílula do rejuvenescimento”, os pesquisadores farão uso de uma “pequena molécula de desempenho humano” ao injetar grandes quantidades de NAD+, um composto usado em alguns tratamentos, inclusive para retardar o envelhecimento. Ou seja, a pílula deve funcionar como um suplemento alimentar — neste caso como um nutracêutico — com compostos bioativos que, a longo prazo, pode evitar o aparecimento de lesões e frear o envelhecimento.

De acordo com os pesquisadores, como a droga é administrada por via oral, seus componentes são rapidamente absorvidos pelo organismo. Por isso, os soldados poderiam ingerir a pílula momentos antes de entrar em alguma operação e ainda assim desfrutar dos benefícios. “Esses esforços não têm como objetivo criar características físicas que ainda não existam naturalmente. Trata-se de aumentar a prontidão de nossas forças para a missão, melhorando as características de desempenho que normalmente diminuem com a idade”, disse o porta-voz da SOCOM e comandante da Marinha, Tim Hawkins.

O projeto está em desenvolvimento desde 2018 e tem custo avaliado em US$ 2,8 milhões, o que equivale a R$ 14,46 milhões na conversão direta. Como a droga se encaixa na categoria de nutracêuticos, ela não depende de aprovação da Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, órgão equivalente à nossa Anvisa.

A SOCOM também afirma que já tem uma lista de companhias parcerias para continuar tocando o projeto. “Essencialmente, estamos trabalhando com parceiros líderes da indústria e instituições de pesquisa clínica para desenvolver um nutracêutico, na forma de uma pílula que seja adequada para uma variedade de usos por civis e militares, cujos benefícios resultantes podem incluir a melhoria do desempenho humano – como resistência aumentada e recuperação mais rápida de lesões”, complementou Hawkins.

[Popular Mechanics]

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