Explosão estelar que ocorre a cada 80 anos vai acontecer até setembro
Uma explosão estelar massiva deve aparecer no céu até setembro deste ano, proporcionando aos astrônomos amadores uma oportunidade única na vida de testemunhar esse fenômeno espacial raro.
A explosão ocorrerá em um sistema binário de estrelas na constelação Corona Borealis. Aí então você poderá ver o sistema, que normalmente tem a luz muito fraca, a olho nu.
No entanto, a cada 80 anos, as interações entre suas duas estrelas desencadeiam uma explosão nuclear descontrolada.
A luz da explosão viaja pelo cosmos e faz parecer que é uma nova estrela. Ela será tão brilhante quanto a Estrela do Norte, que apareceu de repente em nosso céu noturno por alguns dias.
Espera-se que a explosão aconteça entre abril e setembro de 2024. Segundo a NASA, quando seu brilho atingir o pico, ele deverá ficar visível a olho nu por vários dias.
Além disso, você poderá ver o fenômeno com um binóculo ou telescópio por pouco mais de uma semana antes de ele escurecer novamente, possivelmente por mais 80 anos.
“O sistema estelar, normalmente de magnitude +10, que é muito escuro para ser visto a olho nu, saltará para magnitude +2 durante o evento. Este terá um brilho semelhante ao da Estrela do Norte”, disse a agência em um comunicado.
O que gera esta explosão estelar rara
Esta será pelo menos a terceira vez que os humanos testemunham esse evento. O polímata irlandês John Birmingham descobriu ele pela primeira vez em 1866. Aí então só reapareceu em 1946.
O sistema estelar é composto por uma estrela gigante vermelha, que queimou todo o seu hidrogênio e se expandiu enormemente, e uma anã branca, um estágio posterior na morte de uma estrela.
A disparidade de tamanho entre eles é tão grande que leva 227 dias para a anã branca da T Coronae Borealis orbitar seu gigante vermelho.
Aproximadamente a cada 80 anos, a massa aproximadamente do tamanho da Terra se acumula na anã branca, aquecendo o suficiente para iniciar uma reação termonuclear descontrolada.