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Facebook discorda da União em processo sobre Marco Civil da Internet

Empresa do bilionário Mark Zuckerberg defende manutenção integral do artigo 19

Facebook discorda da União em processo sobre Marco Civil da Internet

A Meta, empresa que controla as populares plataformas sociais Facebook, Instagram e WhatsApp, manifestou-se formalmente ao STF (Superior Tribunal Federal) solicitando que a União não seja admitida como participante no recurso contra o relaxamento do artigo 19 do Marco Civil da Internet.

O dispositivo, que vem sendo objeto de debate na suprema corte brasileira, dispõe sobre a responsabilidade das empresas de tecnologia a respeito de publicações que usuários realizam em redes sociais. De acordo com a legislação atual, o Brasil pode incriminar as companhias caso descumpram ordens judiciais para remoção de conteúdo.

A lei estabelece que provedores de redes sociais podem remover conteúdo online apenas sob determinação judicial para evitar a tomada de medidas arbitrárias por parte das big techs. No entanto, o processo desde a decisão da Justiça até a efetiva remoção de postagens “ilegais” é considerado muito lento pela União.

A Advocacia-Geral da União defende uma reinterpretação da regra para compreender as complexidades do atual universo digital. Isso porque, segundo o órgão, alguns casos necessitam de medidas urgentes devido ao potencial de gerar danos também no mundo real.

Meta discorda

Na prática, caso a regra mude, a remoção de conteúdos ilegais seria responsabilidade dos provedores de redes sociais e sem exigência de decisão judicial. A Meta se opõe veementemente contra esse entendimento e defende a manutenção da legislação como ela está atualmente.

Na solicitação realizada pela Meta, a empresa argumenta que a União perdeu o prazo estipulado para pedir participação no processo. Além disso, a empresa também acusa a União de propor uma “reforma legislativa por via judicial”, o que poderia gerar um impacto muito “perigoso”.

A companhia de Mark Zuckerberg conclui que a criação e alteração de leis é atribuição do Congresso Nacional. Ela defende ainda que a regra continue como está, uma vez que entende que o poder judiciário é competente para solicitar a remoção de posts, observando assim a preservação de todos os direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros.

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