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Facebook e Google estendem proibições de anúncios políticos nos EUA

O Facebook enviou aos anunciantes um e-mail avisando que a plataforma vai suspender anúncios políticos e partidários por mais um mês.

Zuckerberg_Andrew Caballero-Reynolds (Getty Images)

Crédito: Andrew Caballero-Reynolds (Getty Images)

O Facebook e o Google não vão suspender suas proibições de anúncios políticos nos EUA em breve.

Na quarta-feira (11), o Facebook enviou aos anunciantes um e-mail ao qual o Gizmodo teve acesso. A mensagem avisa que a plataforma vai suspender anúncios políticos e partidários nos EUA por mais um mês. “Embora várias fontes tenham projetado um vencedor presidencial, ainda acreditamos que é importante ajudar a evitar confusões ou abusos em nossa plataforma”, diz o e-mail.

O Facebook atualizou seu blog notificando os anunciantes de uma continuação prevista para um mês, e o porta-voz do Facebook confirmou ao Gizmodo que a política também se aplicará a publicações orgânicas otimizadas. A rede social, no entanto, afirma que “pode haver uma oportunidade de retomar esses anúncios antes” de um mês a partir de agora.

Um porta-voz do Google também confirmou ao Gizmodo que a proibição de anúncios políticos nos país continuará, sem especificar uma data de término.

Qualquer redução na desinformação é positiva, mas os anúncios são apenas uma das cabeças da hidra desse problema político. No momento, um discurso de Donald Trump sobre “corrupção eleitoral” tem o segundo maior número de interações e o décimo segundo maior número de compartilhamentos no Facebook.

O banimento tardio da rede coordenada de Steve Bannon das páginas Stop the Steal não é um bom presságio em termos de aplicação rápida de políticas; a empresa apenas fechou as páginas vinculadas a Bannon porque a publicação coordenada em várias páginas qualificou-se como “comportamento inautêntico”, na avaliação do Facebook.

O plano pós-eleitoral do YouTube não acrescentou muito às políticas existentes, apenas rótulos informativos e redução do alcance de vídeos carregados de desinformação em recomendações e pesquisas. Como resultado, os propagandistas pós-eleitorais estão livres para continuar seu trabalho.

Eric Reif, diretor administrativo do eStreet Group, teme que uma proibição mais duradoura de anúncios políticos possa prejudicar desproporcionalmente os candidatos progressistas ao Senado nas eleições de segundo turno da Geórgia em janeiro. Ambos os candidatos democratas ao senado, Jon Ossoff e Reverendo Raphael Warnock, dependem muito mais de pequenas doações individuais do que seus oponentes.

“Os anúncios do Facebook são uma das maneiras mais eficazes de as campanhas com financiamento de base alcançarem novos apoiadores e doadores em potencial, porque são direcionados e econômicos”, disse Reif ao Gizmodo via mensagem direta no Twitter, observando que o Facebook, a pesquisa do Google e os anúncios do YouTube são os esforços de recrutamento mais eficazes do que e-mail e SMS. “Existem outras opções e as campanhas terão que ser criativas, mas nada realmente se compara à escala ou alcance do Google e do Facebook combinados, então será uma batalha difícil”, acrescentou.

Parece que os anúncios serão retomados quando soubermos mais sobre o destino da política americana. Vamos ficar de olho nisso.

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