Tudo indica que o Facebook produzirá suas próprias séries de TV ainda neste ano
O Facebook, que insiste em dizer que não é uma empresa de mídia, supostamente está planejando lançar cerca de duas dúzias de programas originais “no formato de TV” no meio de junho. Em dezembro, começaram a surgir rumores de que o Facebook estava de olho na Amazon, Hulu e Netflix para entrar no jogo de produção de conteúdo original. E, agora, diversas fontes disseram ao Business Insider que os planos estão bem encaminhados. De acordo com a reportagem:
Eles disseram que a rede social estava procurando por programas em duas categorias distintas: programas mais longos, de grande orçamento, que seriam apropriados para a TV, e uma categoria menor para programas mais curtos e baratos, de cerca de cinco a dez minutos de duração e que se atualizariam a cada 24 horas.
A nova iniciativa em vídeo significa que o Facebook teria um papel muito mais direto no controle do conteúdo que aparece em sua rede social de quase dois bilhões de usuários — e isso acontece quando empresas como Amazon, YouTube e Snap estão travando uma luta para assegurar a programação em vídeo premium.
Fontes estão classificando essa decisão como o Facebook assumindo o posto da televisão bancada por anunciantes, assim como uma tentativa de acompanhar o ritmo do Snapchat. Com serviços premium como a Amazon reduzindo o número de assinantes de TV a cabo, redes baseadas em anúncios como o YouTube veem uma oportunidade de capturar alguns dos desertores. E embora o Snapchat ainda esteja muito atrás do Facebook no número de usuários, Zuckerberg se preocupa que sua empresa esteja na retaguarda quando se trata de inovação e de atrair uma fatia de público mais jovem.
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As fontes do Business Insider dizem que o Facebook terá uma aba de vídeo reimaginada e muitos programas de comédia de duração de cinco a 30 minutos. Mas executivos também estão buscando produzir conteúdo de maior qualidade. Várias fontes fizeram referência a House of Cards, do Netflix, como um exemplo principal para a rede. Só o tempo vai dizer se a plataforma é apropriada para esse tipo de conteúdo e se a empresa assegurou o talento de curadoria certo para dar o sinal de positivo para esse tipo de projeto. A Amazon tem Ted Hope liderando a sua divisão de produção cinematográfica. Hope comandou várias empresas de produção e esteve à frente de alguns dos filmes mais aclamados pela crítica nas últimas duas décadas. O Facebook contratou Ricky Van Veen, cofundador do CollegeHumor, para lidar com suas aquisições originais.
Sinceramente, não parece que você deveria esperar muito disso. Quando perguntada por que as pessoas começariam a ver o Facebook como um destino para vídeos, uma fonte disse: “O Facebook ainda não descobriu isso”; outra disse: “É um caminho que precisam percorrer”. Celebridades de primeiro escalão são vagamente mencionadas, mas o único programa que parece ser descrito como aprovado é sobre pessoas indo a primeiros encontros em realidade virtual. Isso parece um desastre.
Uma área na qual o Facebook não precisaria necessariamente ter bom gosto ou expertise sobre seriam os esportes. A ESPN está passando por dificuldades, e a rede social estaria supostamente conversando com a MLB para levar o beisebol para seu canal de vídeos. Mas Zuckerberg, como ele mesmo diz, definitivamente não está comandando uma empresa de mídia.