Facebook tinha protótipo secreto de celular pensando apenas para pessoas destras
O Facebook é responsável (pelo menos em parte) por um dos maiores fracassos e pior nome de smartphone da história: o HTC First. Mas em um novo livro sobre os bastidores do Facebook, o autor Steven Levy revela que a rede social tinha um protótipo de um produto bem maluco que nunca viu a luz do dia.
Em uma entrevista ao Verge sobre o livro Facebook: The Inside Story (Facebook: A Verdadeira História, em tradução livre), o autor revela casos como quando Evan Spiegel rejeitou a oferta de Zuckerberg para comprar o Snapchat e os efeitos da contratação de Sheryl Sandberg como chefe de operações. Porém, chama a atenção quando Levy fala sobre um protótipo de celular que foi escondido até mesmo de funcionários da própria rede social, segundo fontes.
De codinome GKF (fazendo referência ao rapper Pretty Toney, também conhecido como Ghostdini e Ghostface Killah do Wu-Tang Clan), o protótipo de celular do Facebook foi aparentemente criado com a ajuda do conhecido designer Yves Behar e tinha “um moldura incomum na superfície curva, onde se poderia rolar a tela usando um polegar” localizada no lado direito do dispositivo, projetada para a rolar a tela e desbloquear o dispositivo “em um único movimento”.
E mesmo que só destros pudessem usar corretamente esse mecanismo estranho, um funcionário anônimo do Facebook disse a Levy que, em vez de tentar tornar o telefone mais adequado para uso com qualquer uma das mãos, “decidimos que não nos preocuparíamos com os canhotos”. Simplesmente incrível.
Depois de saber disso, é vergonhoso que o GFK nunca tenha sido lançado. O smartphone poderia se juntar ao HTC First, Microsoft Kin (outro aparelho parcialmente influenciado pelo Facebook) e ao Amazon Fire Phone como as maiores tragédias tecnológicas que já foram vendidas entre os smartphones.
Especialmente hoje, a ideia de colocar um mecanismo específico para rolagem da tela parece bastante absurda. É como se o Facebook nem considerasse o potencial completo da tela sensível ao toque.
Por mais histórias sobre o passado do Facebook, você pode ler mais trechos da entrevista de Levy (em inglês) e o livro Facebook: The Inside Story (ainda sem edição em português, vendido apenas nos EUA).