Feliz aniversário pro Windows 95, o patinho feio que conquistou seu desktop

Tudo bem se o Windows 95 não trouxer em você um surto de nostalgia. Ele nunca foi bonito, muitas vezes era caprichoso e, na maior parte, era nossa única opção. Mas com dois anos de lançado, 70% do planeta já o estava usando.

Tudo bem se o Windows 95 não trouxer em você um surto de nostalgia. Ele nunca foi bonito, muitas vezes era caprichoso e, na maior parte, era nossa única opção. Mas com dois anos de lançado, 70% do planeta já o estava usando.

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Deixando de lado suas preferências e ideologias, o Windows 95 é inegavelmente um ícone. Para centenas de milhões de pessoas, o Windows 95 era computação pessoal, mediando o visual complicado da era Windows 3.1 e a suave experiência do Windows 98. Não dava para escapar dele. Ele foi, provavelmente, o primeiro sistema operacional que você usou em casa. Ele pode não ter sido seu favorito – vamos parar por aqui em respeito aos mais velhos – mas ajudou toda uma geração a entender a ascensão do PC.

Vale lembrar que 15 anos atrás é muito tempo. Pelos padrões atuais de tecnologia, a metade dos anos 90 era praticamente o período cretáceo. No review do Windows 95 para o New York Times, Stephen Manes colocou hífen em "on-line". Sim, faz tempo. Manes também reconta a experiência frustrante de configurar o arquivo AUTOEXEC.BAT – uma relíquia computacional que é um choque para meus olhos, acostumados po anos a animações fluidas, gradientes de cor e idílicos menus. Sistemas operacionais eram difíceis na época. Mas funcionavam – na maior parte do tempo. Disse Manes, poeticamente, "em muitas formas [o Windows 95] é um edifício construído de cabos, goma de mascar e oração, mas você deve acabar ir morando lá".

E nós fomos. E com isso, os usuários de computador em geral não só tiveram que lidar com desempenho inconsistente e arquivos obscuros de configuração, mas se deleitaram nas águas tépidas do Menu Iniciar, barras de tarefas, plug-and-play (quando funcionava), e uma interface gráfica em geral compreensível fora de classes de ciência da computação. E com a velocidade insana da evolução tecnológica – eles botavam hífen na palavra "online"! – o Windows 95 merece respeito por popularizar estes princípios da computação, muitos dos quais ainda fazem parte do status quo atual. E teria sido muito vergonhoso se o Menu Iniciar tivesse falhado! A Microsoft pagou 2 milhões de dólares para licenciar a música "Start Me Up" dos Rolling Stones para fazer propaganda do Windows 95.

Mas "popularizar" pode ser uma palavra muito leve para explicar a explosão do Windows. Sim, ele era popular, e muito, mas o Departamento de Justiça americano tinha outro nome para isto: monopolista. O Windows 95 apresentou a primeira versão do Internet Explorer (mas você tinha que comprar o pacote Microsoft Plus! para instalá-lo – de novo, isso era 15 anos atrás!), o programa central da disputa federal antitruste que durou por anos.

Mas apesar de tudo isso (ou por causa disso), o Windows 95 não consegue sair da história da tecnologia. Ele não envelheceu muito bem, mas por bem ou por mal, o Windows 95 foi considerado por um bom tempo o sistema operacional que moldou nossa noção do lugar do software nas nossas vidas. Parabéns, garoto.

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