15 filmes clássicos que acertaram a tecnologia do futuro
Você pode gritar “Me teletransporte, Scotty!” o quanto quiser: você só vai atrair um monte de olhares confusos de pessoas perguntando se você bateu a cabeça recentemente. Sim, é triste que dispositivos de teletransporte humano ainda não existam em 2013, e mesmo se eles existissem, o lag tremendo o tornaria pouquíssimo prático.
Essa é a realidade da ciência, que nem sempre bate com as nossas visões fantásticas de futuros fictícios, repletos de carros voadores e outras tecnologias improváveis. Em outras palavras, a realidade nem se compara ao que nós crescemos assistindo na televisão.
No entanto, isso não significa que Hollywood errou em tudo. Dê uma olhada ao seu redor e você verá algumas invenções que não apenas são boas, como algumas foram previstas por cineastas há décadas. Você pode traçar um paralelo, por exemplo, entre os gestos em Minority Report e a computação touchscreen e sensores controlados por movimento, como o Kinect. Quanto mais voltamos aos filmes antigos, mais interessantes ficam esses paralelos.
Junte-se a nós enquanto relembramos 15 filmes que, em sua maior parte, previram corretamente as futuras tecnologias em uso hoje.
Computação vestível – De Volta para o Futuro II (1989)
A franquia De Volta para o Futuro acertou algumas coisas e errou em muitas outras; na primeira categoria, temos a computação vestível. Os óculos que você vê a família McFly usando à mesa de jantar servia como um precursor do Google Glass e até mesmo do Oculus Rift, e eles próprios estão apenas começando. Infelizmente, ainda não temos hoverboards voadores – pena!
Scanner corporal – Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu! – 2ª Parte (1982)
Entre todos os percalços e situações bizarras vistos em Apertem os Cintos 2, um filme que você ou vai amar ou odiar, scanners que visualizam seu corpo inteiro, revelando partes nuas dos passageiros, pareciam tão bobos na época que eu não podia deixar de rir. Quase três décadas depois, ninguém achou engraçado quando a TSA, agência que cuida da segurança em transportes nos EUA, realmente implementou scanners corporais nos aeroportos americanos. Eles foram removidos.
Carros que dirigem sozinhos – O Vingador do Futuro (1990)
Arnold Schwarzenegger fez o papel de Douglas Quaid, um funcionário de construção civil que não conseguia parar de sonhar com Marte e com uma de suas habitantes. O filme é uma exploração sci-fi da realidade virtual, mas uma cena que se destaca envolve táxis autônomos, conhecidos como Johnny Cabs. Hoje, o Google é um dos maiores defensores de carros autônomos, e agora existem três estados nos EUA onde os carros que dirigem sozinhos são permitidos por lei para fins de teste.
Skype – 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968)
A visão de Stanley Kubrick sobre nosso mundo moderno é assustadoramente precisa em vários aspectos, e poderíamos encher uma galeria inteira apenas com este filme. Claro, o videofone parece rudimentar para os padrões de hoje, mas o conceito subjacente é, inegavelmente, parecido com o Skype. O turismo espacial, a computação em tablet, e TVs pessoais embutidas em assentos de avião também apareceram no filme.
Automação residencial – Amores Eletrônicos (1984)
Em Amores Eletrônicos, é homem contra máquina no início da era do PC, quando quase ninguém sabia nada sobre computadores. Isso explicaria por que pareceu tão assustador que um PC pudesse assumir a casa e controlar as luzes, trancar portas, e assim por diante. Nós já aprendemos a conviver pacificamente com os PCs, e a domótica (automação residencial) é uma coisa maravilhosa.
Interface de toque – Minority Report: A Nova Lei (2002)
Houve tantas comparações das tecnologias da vida real com as retratadas em Minority Report que quase odeio ter que mencionar o filme mais uma vez, mas na compilação de uma lista como esta, é justo incluí-lo. Afinal, o filme previu com precisão que gestos e computação touchscreen seriam a norma, não a exceção. Vamos torcer que o policiamento preventivo não seja o próximo!
Robôs militares – Um Robô em Curto-circuito (1986)
É fácil se apaixonar por Johnny 5, o robô engraçado do filme Curto-circuito. No entanto, ele foi construído com um assunto mais sério em mente – como um protótipo de robô militar. Agora temos os veículos terrestres não tripulados (UGVs) que podem operar de forma autônoma e sem o risco de se tornarem conscientes se forem atingidos por um raio. Equipe um deles com a Siri e você teria um Johnny 5 dos dias atuais.
Viagem ao espaço – A Mulher na Lua (1929)
O homem só pousou na Lua em 1969, mas 40 anos antes, o filme mudo A Mulher na Lua mostrou como isso poderia ser. Havia um foguete multi-estágios, um frenesi da mídia no evento de lançamento, e uma contagem regressiva que antecedeu ao evento antecipado. Muito bom, Fritz Lang.
Cirurgia assistida por robôs – Sleeper – O Dorminhoco (1973)
Woody Allen é um monte de coisas, mas não é um médico. No entanto, ele fingiu ser um em Sleeper, uma comédia que tenta trazer um olhar nostálgico para o futuro. Em uma cena, um computador falante oferece análise e sugestões durante a cirurgia. Muitos anos depois, não é incomum para os cirurgiões usar a robótica de controle remoto para ajudar em cirurgias.
Smartphones/PDAs – Jornada nas Estrelas (1966)
Todo fã de Star Trek está familiarizado com o Tricorder, um dispositivo portátil que grava dados, analisa-os e faz varredura. Você sabe o que mais pode fazer essas coisas? Smartphones! Nós não estamos dizendo que eles sejam o mesmo dispositivo, é claro, mas dado tudo o que smartphones podem fazer e a grande variedade de apps disponíveis, o Tricorder é, em alguns aspectos, um precursor dos dispositivos móveis de hoje.
Outdoors digitais – Blade Runner: O Caçador de Androides (1982)
Um passeio através da paisagem urbana em Blade Runner revela um mundo em que outdoors digitais são bem onipresentes. Nós não chegamos lá ainda, mas outdoors digitais são certamente mais comuns hoje do que na década de 1980. Quem mora em uma cidade grande (sem uma Lei Cidade Limpa!) talvez até veja um trailer de Blade Runner 2 em um outdoor digital, que já tem um roteiro que inclui vários dos personagens originais.
Wardriving – Jogos de Guerra (1983)
Anos antes de a Internet se tornar algo conhecido e usado por todos, Jogos de Guerra ofereceu um vislumbre das ameaças em um mundo conectado, incluindo hackers, guerra cibernética e wardialing (usar um modem para criar uma lista de números de telefone funcionais), o que mais tarde levaria ao wardriving (dirigir por aí procurando por redes Wi-Fi). Jogos de Guerra também é o primeiro filme a usar o termo “firewall”.
Robô aspirador – Os Jetsons (1962)
Não, nós não vamos para o trabalho em carros voadores nem comemos refeições inteiras em forma de pílula, mas várias tecnologias dos Jetsons estavam à frente de seu tempo. Havia bate-papo em vídeo, camas de bronzeamento artificial, o TeleViewer (semelhante a um iPad) e, claro, robôs aspiradores, um predecessor cartunesco do iRobot Roomba.
Testes genéticos em casa – Gattaca – Experiência Genética (1997)
O mundo corporativo ainda não passou a usar testes de DNA no lugar de entrevistas de emprego, como retratado em Gattaca, nem um obstetra pode lhe dar um resumo de todas as doenças que o seu bebê recém-nascido pode ter, juntamente com uma expectativa de idade precisa. É possível, no entanto, pegar exames de DNA, como o 23andMe, para fazer em casa e obter uma lista dos seus riscos genéticos de saúde.
Impressão 3D em casa – Mulher nota 1000 (1985)
Há uma conexão frouxa entre o filme de 1985 e a impressão em 3D, mas ela existe. No filme, dois adolescentes com hormônios em fúria criam a mulher “perfeita”, usando um computador e uma boneca Barbie de plástico. Usando uma impressora 3D atual, você também pode criar Kelly LeBrock em sua casa usando um computador e plástico. Ela só seria uma réplica, mas quem sabe o que será possível daqui a mais 28 anos.
Siri – 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968)
Sabemos que 2001 já foi mencionado nesta lista, mas o icônico robô HAL 9000 do filme facilmente merece seu lugar aqui. Para os fãs do filme, a frase “Sinto muito, Dave, temo que eu não possa fazer isto” vai para sempre retratar a ideia da maldade nos robôs. Assim como HAL, você pode conversar com o programa Siri, da Apple, se você tiver um iPhone. Esperemos que o aparelho da Apple não seja maligno também.
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