Fim do RG: São Paulo começa a emitir identidade que usa blockchain
A Carteira de Identidade Nacional (CIN) já está disponível em São Paulo. Desde a última segunda-feira (29), o governo do estado iniciou o atendimento para emitir o novo documento que substitui o RG e usa tecnologia blockchain para proteger e conectar as informações do cidadão com outros sistemas da federação, como os de saúde e segurança.
Como emitir a CIN em São Paulo
Para emitir a nova carteira de identidade, os moradores de São Paulo devem agendar o atendimento por meio do Poupatempo, pelo aplicativo para celulares Android ou iPhone (iOS). Não é possível realizar o agendamento no site do Poupatempo, por enquanto.
O atendimento é gratuito, assim como a emissão da primeira via do documento. No estado de São Paulo, especificamente, é necessário preencher os seguintes requisitos para solicitar a CIN:
- Ter conta nível prata ou ouro no Gov.br;
- Ser maior de 16 anos;
- Estar em situação regular na Receita Federal;
- Não ter outra solicitação da CIN em andamento.
No dia agendado, os cidadãos devem se dirigir ao local escolhido e apresentar certidão de nascimento ou de casamento. Por enquanto, é possível realizar o serviço em postos do Poupatempo das seguintes localidades:
- São Paulo (capital): Lapa, Itaquera, Santo Amaro, Sé
- Região metropolitana: Caieiras e Guarulhos.
Em certos locais, a emissão da CIN acontece em postos do Descomplica ou Atende Fácil, como visto a seguir:
- Descomplica: São Miguel e Barueri;
- Atende Fácil: São Caetano do Sul.
A emissão da nova Carteira de Identidade Nacional está em fase inicial e será ampliada aos poucos, segundo informações do Governo de São Paulo. Vale lembrar que o atual RG vale até 2023, portanto, não há necessidade de ter pressa para trocar o documento.
Blockchain torna CIN mais segura e completa
Quem quiser atualizar o RG para a CIN, contudo, poderá aproveitar as diversas vantagens do documento unificado, como a tecnologia blockchain.
A blockchain atua como um registro digital e permite, por exemplo, reunir em um único lugar todas as informações dos cidadãos, como prontuários do SUS, benefícios financeiros, registro no INSS, assim como informações fiscais, tributárias e eleitorais.
Além disso, por se basear em um sistema descentralizado, a blockchain minimiza os riscos de ataques cibernéticos e, consequentemente, o roubo de dados dos cidadãos brasileiros.
A Carteira de Identidade Nacional ainda adota o número do CPF como Registro Geral Nacional, acabando com a duplicidade na identificação do cidadão e reduzindo ainda mais as possibilidades de fraudes.
O documento também conta com um QR Code, que permite verificar sua autenticidade, bem como saber se foi furtado ou extraviado, por meio de qualquer smartphone.