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Fóssil de primo do T. Rex é encontrado guardado em museu

Apesar do tamanho muito parecido, a nova espécie tem diversas diferenças sutis na forma e na junção dos ossos do crânio

Cientistas descobriram que um fóssil que estava guardado no Museu de História Natural e Ciência do Novo México classificado como de um T. Rex pertence, na verdade, a uma espécie “prima” dos gigantes. Se trata do Tyrannosaurus mcraeensis, que habitou a Terra entre 5 milhões e 7 milhões de anos antes de seu parente mais conhecido.

Essa datação é importante, pois isso confirmaria que o tiranossauro esteve na América do Norte milhões de anos antes do que os paleontólogos pensavam. Assim, estima-se que o T. mcraeensis tenha vivido entre 71 e 73 milhões de anos atrás.

Parecido com o T. Rex, mas não igual

De acordo com a nova pesquisa, apesar do tamanho dos animais ser muito parecido, o Tyrannosaurus mcraeensis tem diversas diferenças sutis na forma e na junção dos ossos do crânio. O estudo sobre o assunto foi divulgado na última semana na revista Scientific Reports.

O material do primo do T. Rex foi encontrado durante uma escavação na Formação Hall Lakem, no Estado do Novo México, no Sul dos Estados Unidos

“Mais uma vez, a extensão e a importância científica dos fósseis de dinossauros do Novo México ficam claras – muitos novos dinossauros ainda precisam ser descobertos no estado, tanto nas rochas quanto nas gavetas dos museus”, disse Nick Longrich, coautor do estudo ao IFLScience.

Mandíbulas são mais rasas e mais longas que as de um T.Rex. Imagem: Reprodução/Nick Longrich

Mandíbulas mais longas e mais rasas da nova espécie sugerem que ela “provavelmente tinha menos força de mordida do que em um T. rex “, apontou o pesquisador. Assim como o T. Rex, imortalizado pela cultura pop, o dinossauro recém-descoberto media cerca de 12 metros de comprimento e 3,6 metros de altura.

Ainda conforme o artigo, os estudos sugerem que o T. mcraeensis se originou no sul de Laramidia, um continente insular que existiu durante o período Cretáceo Superior (há entre 99,6 a 66 milhões de anos). Nessa época, o Mar Interior Ocidental dividiu o continente da América do Norte em dois.

Agora, os pesquisadores esperam realizar mais estudos para confirmar essas evidências, dando mais informações sobre o caminho evolutivo das duas espécies.

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