Telescópio Hubble registra galáxia espiral de 180 milhões de anos
A chegada do James Webb não levou a aposentadoria do Hubble. Na verdade, o telescópio ancião segue obtendo imagens de tirar o fôlego, que podem ser amplamente utilizadas em estudos sobre o Universo.
A foto mais recente divulgada pela NASA mostra a galáxia NGC 1961, localizada a cerca de 180 milhões de anos-luz de distância da Terra. O sistema está na constelação de Camelopardalis – uma “girafa” vista no Hemisfério Celeste Norte.
Ela é classificada como uma galáxia espiral intermediária de núcleo ativo. Geralmente, sistemas de núcleo ativo possuem centros muito luminosos – resultado da presença de um buraco negro supermassivo na região. O ralo cósmico recebe o material de seus arredores e libera grandes quantidades de radiação na forma de jatos e ventos brilhantes.
Na foto do Hubble, é possível ver o desenrolar dos braços da NGC1961. Nas regiões azuis reluzentes estão as estrelas jovens que nascem em meio a poeira cósmica. De acordo com a NASA, esse é um tipo bastante comum de galáxia de núcleo galáctico ativo que emite partículas carregadas de baixa energia.
A galáxia possui um núcleo de tamanho médio. Porém, ela não conta com uma barra de estrelas em sua região central – uma estrutura bem definida que normalmente puxa matéria para o núcleo, moldando o disco de acreção circundante.
O telescópio Hubble opera no espectro de luz visível, o que torna suas imagens mais limitadas do que aquelas criadas pelo James Webb. Esse, por sua vez, enxerga no infravermelho, adentrando a poeira cósmica das galáxias.
Mesmo assim, o Hubble não deixa a desejar. Em agosto, o maquinário registrou uma foto impressionante do aglomerado globular NGC 6638, na constelação de Sagitário. Na imagem, é possível ver a densidade de estrelas no centro do aglomerado. Você pode saber o que o Hubble está fotografando em tempo real neste texto do Giz.