Telescópio Hubble registra galáxia espiral de 180 milhões de anos

Nova foto mostra a galáxia NGC 1961, localizada na constelação de Camelopardalis; saiba detalhes sobre o sistema
Telescópio Hubble registra galáxia espiral de 180 milhões de anos
Imagem: NASA, ESA, J. Dalcanton (Universidade de Washington), R. Foley (Universidade da Califórnia - Santa Cruz); Processamento de imagem: G. Kober (NASA Goddard/Universidade Católica da América)/Reprodução

A chegada do James Webb não levou a aposentadoria do Hubble. Na verdade, o telescópio ancião segue obtendo imagens de tirar o fôlego, que podem ser amplamente utilizadas em estudos sobre o Universo. 

A foto mais recente divulgada pela NASA mostra a galáxia NGC 1961, localizada a cerca de 180 milhões de anos-luz de distância da Terra. O sistema está na constelação de Camelopardalis – uma “girafa” vista no Hemisfério Celeste Norte. 

Ela é classificada como uma galáxia espiral intermediária de núcleo ativo. Geralmente, sistemas de núcleo ativo possuem centros muito luminosos – resultado da presença de um buraco negro supermassivo na região. O ralo cósmico recebe o material de seus arredores e libera grandes quantidades de radiação na forma de jatos e ventos brilhantes.

Telescópio Hubble registra galáxia espiral de 180 milhões de anos

Foto da galáxia NGC1961 tirada pelo Telescópio Espacial Hubble. Imagem: NASA, ESA, J. Dalcanton (Universidade de Washington), R. Foley (Universidade da Califórnia – Santa Cruz); Processamento de imagem: G. Kober (NASA Goddard/Universidade Católica da América)/Reprodução

Na foto do Hubble, é possível ver o desenrolar dos braços da NGC1961. Nas regiões azuis reluzentes estão as estrelas jovens que nascem em meio a poeira cósmica. De acordo com a NASA, esse é um tipo bastante comum de galáxia de núcleo galáctico ativo que emite partículas carregadas de baixa energia.

A galáxia possui um núcleo de tamanho médio. Porém, ela não conta com uma barra de estrelas em sua região central – uma estrutura bem definida que normalmente puxa matéria para o núcleo, moldando o disco de acreção circundante. 

O telescópio Hubble opera no espectro de luz visível, o que torna suas imagens mais limitadas do que aquelas criadas pelo James Webb. Esse, por sua vez, enxerga no infravermelho, adentrando a poeira cósmica das galáxias. 

Mesmo assim, o Hubble não deixa a desejar. Em agosto, o maquinário registrou uma foto impressionante do aglomerado globular NGC 6638, na constelação de Sagitário. Na imagem, é possível ver a densidade de estrelas no centro do aglomerado. Você pode saber o que o Hubble está fotografando em tempo real neste texto do Giz

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas