
Foxconn pode usar robôs humanoides para fabricar iPhones
A Foxconn, fabricante de eletrônicos sediada em Taiwan, fechou um acordo com a UBTech para utilizar robôs humanoides no processo de produção de vários produtos — o que pode incluir os iPhones. Essa “parceria abrangente de longo prazo” prevê o uso das máquinas do modelo Walker S1 em suas fábricas.
Michael Tam, um dos diretores da UBTech, afirmou que os robôs estão sendo treinados já há alguns meses para atuar em várias indústrias, incluindo a chamada “3C”, que compreende os setores automotivo, de computadores e eletrônicos de consumo.
O Walker S1 é um modelo relativamente novo e fez sua estreia em 2024. O humanoide tem aproximadamente 1,72 m de altura, pesa 76 kg e é capaz de realizar tarefas complexas com alto nível de precisão, o que contribui para manter um alto padrão de qualidade em produtos eletrônicos.
Entre as habilidades do robô estão a realização de ações simples, como realizar inspeção visual em produtos ou transportar pacotes dentro do centro de produção. Porém, eles também executam ações mais complexas, como fixar peças, manusear ferramentas e, até mesmo, montar alguns componentes. Veja a demonstração do robô:
Inicialmente, as máquinas devem ser utilizadas para automatizar uma série de funções que representem algum tipo de risco para a saúde de trabalhadores humanos. Além da Foxconn, a fabricante de veículos elétricos BYD e a transportadora SF Express (ambas chinesas) já utilizam as soluções da UBTech.
Walker S2 ainda em 2025
A expectativa é de que a empresa de robótica anuncie seu modelo Walker S2 no segundo trimestre deste ano. Contudo, a data ainda segue guardada a sete chaves. A nova geração deve trazer algumas melhorias na construção, além de otimizações na parte de software, percepção e tomada de decisão dos robôs, por exemplo.
Além de fábricas, muitas empresas trabalham no desenvolvimento de robôs humanoides para auxiliar em tarefas domésticas. O objetivo é construir soluções acessíveis para esta finalidade. Porém, o alto custo de produção é um dos fatores que impedem a popularização das máquinas pessoais.