Foxconn teria usado trabalho ilegal de estudantes na fabricação dos iPhone X

A Hon Hai Precision Industry, mais comumente conhecida como Foxconn, ficou conhecida nesta década depois de surgir uma série de relatos descrevendo as condições degradantes, e frequentemente perigosas, de trabalho que seus empregados mal-remunerados aguentavam para construir bugigangas caras como o iPhone. Nesta quarta-feira (22), o Financial Times noticia que as práticas de trabalho ilegais persistem. […]

A Hon Hai Precision Industry, mais comumente conhecida como Foxconn, ficou conhecida nesta década depois de surgir uma série de relatos descrevendo as condições degradantes, e frequentemente perigosas, de trabalho que seus empregados mal-remunerados aguentavam para construir bugigangas caras como o iPhone. Nesta quarta-feira (22), o Financial Times noticia que as práticas de trabalho ilegais persistem.

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Seis estudantes, de 17 a 19 anos de idade, alegaram ter trabalhado regularmente por 11 horas diárias em uma fábrica comandada pela Foxconn como parte de jornadas de trabalho de mais de 40 horas semanais, violando leis trabalhistas da China em relação a horas extras para estudantes estagiários. Tanto a Apple quanto a Foxconn confirmaram ao Financial Times que estudantes faziam hora extra. Esses seis afirmaram ser parte de um grupo de três mil estudantes trabalhando na montagem de partes do novo iPhone X.

Os estudantes teriam sido enviados à Foxconn pela Zhegzhou Urban Rail Transit School como parte de um programa obrigatório de “experiência de trabalho” de três meses de duração. A relevância disso para conseguir empregos na indústria de trânsito ferroviário, foco da instituição de ensino, não está clara. A senhorita Yang, estudante que reclamou de ter sido forçada a um trabalho que “não tem nada a ver com nossos estudos”, disse que vinha montando até 1.200 câmeras de iPhone X por dia.

Embora as horas extras ilegais possam estar longe da prática de instalação de redes para prevenir suicídios em edifícios, evitando que montadores de peças eletrônicas sobrecarregados se matem durante o expediente, a Foxconn segue como uma das maiores empregadoras do mundo e, neste caso, agia em nome de uma das mais ricas empresas de tecnologia do mundo. Parece improvável que qualquer uma das empresas sofra consequências duradouras de qualquer tipo em decorrência dessa revelação de trabalho ilegal.

Entramos em contato com a Apple e com a Foxconn e atualizaremos a publicação se tivermos alguma resposta.

[Financial Times]

Imagem do topo: AP

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