França transforma base submarina nazista em galeria de arte digital

Uma base submarina nazista construída na França, foi projetada para abrigar 43 submarinos alemães. Eles causaram estragos durante a Segunda Guerra Mundial, mas hoje não há sinais de guerra nessa base. Agora, ela se chama Bassins de Lumières e é a maior galeria de arte digital do mundo.
Galeria de arte digital Bassins de Lumières, em Bordeaux, França
Galeria de arte digital Bassins de Lumières, em Bordeaux, França. Foto: Georges Gobet/AFP via Getty

Uma base submarina nazista construída há quase oito décadas em Bordeaux, na França, foi projetada para abrigar 43 submarinos alemães, chamados U-Boot. Eles causaram estragos durante a Segunda Guerra Mundial, mas hoje não há sinais de submarinos ou guerra nessa base. Agora, ela se chama Bassins de Lumières e é a maior galeria de arte digital do mundo.

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Bassins de Lumières abriu suas portas para o público em junho. As autoridades planejavam inaugurá-la em março, mas adiaram seus planos por causa da pandemia do novo coronavírus.

A Bassins de Lumières é uma das cinco principais estruturas construídas na França durante a Segunda Guerra Mundial, de acordo com o site da galeria. As outras estruturas foram construídas em Brest, Lorient, Saint-Nazaire e La Rochelle.

Os alemães iniciaram a construção na base em 1941 e contaram com 6.500 pessoas, entre voluntários, contratados e trabalhadores forçados para concluí-la. A base passou a funcionar em 1943, segundo o Al Jazeera, mas foi usada por menos de dois anos. Ela é feita de quase 600 mil metros cúbicos de concreto armado.

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Bassins de Lumières possui quatro piscinas de pouco mais de 100 metros que podem ser atravessadas por passarelas, de acordo com a France 24. Tem espaço para quase 39.000 metros quadrados de projeções. Para projetar a obra, a galeria utiliza 90 projetores de vídeo e 99 quilômetros de cabo de fibra óptica.

Você pode estar se perguntando, como funciona exatamente uma galeria de arte digital? Bem, o nome já fiz muita coisa. Bassins de Lumières vai projetar gigantescas renderizações digitais de obras de artistas famosos, ambientadas com músicas, nas paredes da base submarina. Algumas paredes da galeria têm mais de 90 metros de comprimento e 11 metros de altura.

As piscinas também fazem parte de um cenário que torna a galeria especial. A arte se reflete nas piscinas, e contribui para a criação de uma experiência imersiva.

O espaço atualmente apresenta as obras do artista austríaco Gustav Klimt, que liderou a Sucessão de Viena – o início da arte moderna na Áustria. Também estão expostas as coloridas obras abstratas do artista alemão Paul Klee. As exposições de Klimt e Klee estarão em cartaz até janeiro de 2021.

Para transformar a base em uma galeria, os idealizadores tiveram que reequipá-la para fins de segurança. Embora tenha sido um desafio, os organizadores disseram que a Bassins de Lumières é o espaço perfeito para a arte digital.

“O espaço é mágico. Mistura concreto, grandeza, água e reflexos”, disse Augustin de Cointet de Filain, diretor da Bassins de Lumières, à AFP. “Quando visitamos o espaço, sabíamos que tínhamos que trabalhar com ele. Tivemos essa epifania e soubemos que tínhamos que expor aqui.”

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