Fumaça de erupção em Tonga transforma o céu do Rio de Janeiro

Uma das hipóteses é que as partículas expelidas pelo vulcão em Tonga viajaram 13 mil quilômetros até a América do Sul, proporcionando a visão única do fenômeno. Entenda
Poluição Tonga
Imagem: Elisa Soupin/Reprodução

Moradores do Rio de Janeiro viram um céu rosado na manhã desta sexta-feira (28). Quem admirou o cenário, porém, provavelmente não fazia ideia de sua origem. Como apontou o Climatempo, a coloração do céu é consequência da erupção do vulcão Hunga-Tonga-Hunga-Ha’apai, que ocorreu no último dia 15. 

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O fenômeno, que atingiu ilhas do Pacífico Sul, chegou a ser ouvido no Alasca e causou o aumento de ondas na região do Peru. Agora, partículas expelidas pelo vulcão parecem ter viajado 13 mil quilômetros até a América do Sul, onde se combinaram aos raios solares e “tingiram” o céu.

Tons de rosa, roxo e vermelho no céu também foram registrados nos últimos dois dias nos estados de São Paulo e Minas Gerais. A fumaça deve continuar sobre o Brasil por mais algum tempo, proporcionando outros amanheceres de tirar o fôlego.

Outras hipóteses

Há quem esteja cético quanto à influência da erupção em Tonga na coloração do céu. Em entrevista à Folha de S. Paulo, Marcio Cataldi, meteorologista e professor da Universidade Federal Fluminense, levanta uma segunda hipótese para o fenômeno. Segundo o pesquisador, a concentração de ozônio na atmosfera também pode ter sido responsável pelo céu rosado.

Em dias quentes, pode ocorrer a formação de correntes de ar descendentes, que aprisionam o ozônio e evitam que ele se disperse. Essa situação, que já foi vista no Rio de Janeiro em outras épocas, é mais preocupante devido ao efeito nocivo do ozônio para a saúde humana.

Erupção em Tonga

A erupção do vulcão em Tonga foi centenas de vezes mais forte que a bomba atômica jogada em Hiroshima, no Japão, durante a 2º Guerra Mundial. Ao menos três pessoas morreram nas ilhas do Pacífico, enquanto centenas de casas foram destruídas. Imagens de satélite mostram as consequências do fenômeno.

A população de Tonga está agora enfrentando a escassez de alimento e falta de água potável – recursos inutilizados pelas cinzas. Agora, equipes de defesa internacionais estão fornecendo ajuda de emergência.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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