Um homem apaixonado por gatos no Oregon, Estados Unidos, prometeu imortalizar a memória de seu amigo felino Pikachu ao mandar seus restos mortais cremados para o espaço, para que ele pudesse orbitar o planeta e um dia voltar.
Pikachu foi diagnosticado com diabetes em janeiro de 2018. Desde então, seu dono Steve Munt vem compartilhando os detalhes da luta de Pikachu, por meio da conta do Twitter de sua outra gata, Zee, que tem mais de 12 mil seguidores. Munt são entusiastas da ciência, então a conta tem muitos tuítes sobre tópicos relacionados ao espaço e à física.
Pikachu, after locating an appropriate cooling source for my Large Hadron Collider. #CatsOfTwitter pic.twitter.com/88RNCJBE9C
— Zee (@growingupzee) 2 de janeiro de 2018
Tradução: Pikachu, depois de localizar uma fonte de resfriamento apropriada para o meu Grande Colisor de Hádrons.
Nos momentos finais de Pikachu, a conta de Zee tuitou que o bravo gatinho estava “se preparando para o que eu acho que será sua missão final”.
Pikachu, preparing for what I think is his final mission. #CatsOfTwitter pic.twitter.com/t57RDM5z09
— Zee (@growingupzee) 18 de janeiro de 2019
Tradução: Pikachu, se preparando para o que eu acho que será sua missão final.
Mas parece que Pikachu tinha outra missão esperando por ele. Como ele estava de luto pela perda de Pikachu, Munt decidiu que o gato deveria ir para o espaço.
“Zee foi personificada no Twitter como uma física quântica, e muitas vezes há o tema de ciência nos tuítes dela”, disse Munt ao Space.com. “O espaço permitiria um tributo que poderia ser compartilhado com os seguidores de Zee, uma vez que eles poderiam rastrear a localização de Pikachu no espaço”.
Munt configurou uma conta no site de vaquinhas GoFundMe para levantar uma grana e conseguir fazer com que a empresa Celestis Pet envie Pikachu para os céus. A empresa cobra US$ 5 mil (R$ 19,6 mil, na cotação atual) para o serviço que diz realizar um lançamento “de uma porção simbólica dos restos cremados” para “a órbita da Terra onde eles permanecerão até a reentrada na atmosfera, inofensivamente vaporizando como uma estrela cadente em tributo final”.
A Celestis oferece o envio de restos para o espaço em cargas secundárias desde 1997. Em 2014, a empresa criou uma operação separada dedicada para pets. A Celestis Pets afirma que já enviou dois cães – Apollo e Laika – para o espaço, mas ainda não lançou um gato. “Eu queria que Pikachu fosse o primeiro, para continuar seu legado como um explorador e mostrar para o mundo que tributo especial para um gato vale tanto quanto para um cão”, disse Munt ao Space.com.
A “parte simbólica” do Pikachu que irá para o espaço virá do coração dele, de acordo com a página do GoFundMe.
Até o momento dessa publicação Munt levantou apenas US$ 1.930 do seu objetivo de US$ 5.000. Porém, ele disse ao Space.com que ele já assinou o contrato com a Celestis Pet e pagou pelo serviço. “Meu sonho está se tornando realidade, independente de doação adicionais”, disse. “E atualmente estou esperando um espaço vago para um lançamento futuro”.
Para ser claro, Pikachu não seria o primeiro gato a chegar no espaço. Esse feito pertence a Felicette, que foi enviada para o espaço por cientistas franceses em 1963. Mas as cinzas de Pikachu podem ser os primeiros restos de um gato ligeiramente famoso no Twitter que chegará no espaço, realizando o sonho do seu dono – um símbolo da estranha obsessão da humanidade com a forma felina. Talvez isso marque um acontecimento cósmico ainda maior do que todos os animais espaciais.