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Gêmeos com pais diferentes nascem em Goiás; caso é o 20º do tipo no mundo

A condição descrita recebe o nome de superfecundação heteroparental e é extremamente rara; entenda a história

Superfecundação heteroparental: entenda o caso dos gêmeos com pais diferentes

Imagem: Jelleke Vanooteghem/Unsplash/Reprodução

Uma moradora de Mineiros, no sudoeste de Goiás, deu a luz a gêmeos. Havia dúvidas quanto a paternidade das crianças, então, quando os pequenos estavam com oito meses de idade, ela levou o suposto pai ao laboratório para realizar exames de DNA. 

O inesperado aconteceu: apenas um dos bebês era filho biológico do homem. Não, a segunda criança não foi trocada na maternidade, mas sim concebida em outro momento a partir da relação sexual com uma nova pessoa. 

Esse tipo de condição recebe o nome de superfecundação heteroparental. Em resumo, a jovem goiana de 19 anos, que não foi identificada, fez sexo com dois homens no mesmo dia, tendo dois óvulos diferentes fecundados. O caso raro é apenas o 20º já registrado no mundo. 

De toda forma, o ocorrido não afeta o desenvolvimento dos bebês. Na verdade, estima-se que 8% do total de gêmeos bivitelinos (formados a partir de dois óvulos) se deem em superfecundação – nestes casos, os fetos são concebidos em momentos diferentes, mas a partir da relação com um único homem. 

Pode acontecer das mulheres produzirem dois ou mais óvulos em um mesmo ciclo fértil. Fatores genéticos e biológicos, como a existência prévia de gêmeos na família, podem interferir nas chances desse tipo de gravidez.

O caso recente está sendo investigado por uma equipe liderada pelo médico Túlio Jorge Franco. Em breve, os pesquisadores devem liberar um artigo científico descrevendo a situação, que poderá ser publicado em revistas nacionais e até internacionais.

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