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Golfinhos raros do Camboja ganham proteção por decreto após 3 mortes

O primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, ordenou a criação de zonas de conservação no rio Mecom para impedir a morte precoce dos cetáceos

Golfinhos raros do Camboja ganham proteção por decreto após 3 mortes

Imagem: Dibyendu Ash/Wikimedia Commons/Reprodução

Os golfinhos de Irrawaddy (Orcaella brevirostris) são conhecidos por sua aparência peculiar. Ao invés dos compridos focinhos que caracterizam esses cetáceos, o animal possui um crânio arredondado com o nariz achatado. 

A espécie pode ser encontrada em rios e lagos da Indonésia, Mianmar, Índia, Tailândia e Camboja, estando a maior parte da população nesse último país. Porém, esses animais correm risco devido a pesca ilegal que atinge a Ásia. 

Nesta segunda-feira (2), o primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, ordenou a criação de zonas de conservação no rio Mecom, considerado um dos maiores do mundo. Apenas em dezembro, três golfinhos foram mortos no curso d’água após ficaram presos em redes de pesca. 

As regiões de proteção serão estabelecidas por marcadores flutuantes, que devem impor os limites para os pescadores. Os golfinhos de Irrawaddy já nadaram por grande parte do Mecom e, atualmente, são encontrados apenas dentro de um trecho de 190 km, que vai da província de Kratié, no nordeste do Camboja, até a fronteira com o Laos.

O primeiro censo populacional de golfinhos na região foi realizado em 1997. Na época, foram avistados 200 animais no rio, número que já caiu para 90. Para ter uma ideia, onze animais morreram apenas em 2022. 

Os três golfinhos que faleceram recentemente no Camboja estavam saudáveis e em idade reprodutiva. As mortes ocorreram dentro de intervalos de apenas uma semana, o que fez com que voluntários patrulhassem dia e noite para impedir a pesca ilegal.

Segundo Hun Sen, a morte dos animais não é negativa apenas para o ecossistema, mas também traz prejuízos financeiros, já que a presença dos cetáceos atrai turistas para a região.

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