Golfinhos têm medida protetiva contra assédio dos humanos nos EUA
Durante o dia, os golfinhos-rotadores ficam próximos das baías rasas para se esconder de predadores. Esse é também o momento em que eles dormem, já que saem durante a noite para caçar peixes e pequenos crustáceos.
Quem olha para o golfinho pode pensar que ele está acordado durante o dia, já que ele sobe algumas vezes até a superfície para respirar. Contudo, a aproximação de humanos pode acabar importunando o animal, deixando-o estressado e prejudicando sua qualidade de vida.
Desde 2021, uma lei federal dos Estados Unidos não permite que as pessoas cheguem a menos de 45 metros de distância do animal. Essa regra se aplica a áreas dentro de 2 milhas náuticas (3,7 quilômetros) das ilhas do Havaí e em águas designadas cercadas pelas ilhas de Lanai, Maui e Kahoolawe.
Em março, 33 pessoas foram detidas após assediarem um grupo de golfinhos no Havaí. O grupo estava nadando na Baía de Honaunau e teve seus atos registrados por drones.
Segundo o Departamento Estadual de Terras e Recursos Naturais, os banhistas pareciam estar perseguindo, encurralando e assediando os golfinhos. Confira:
Hawaii authorities have referred 33 people to U.S. law enforcement after the group was seen harassing a pod of wild dolphins in waters off the Big Island. It's against federal law to swim within 50 yards of spinner dolphins in Hawaii’s nearshore waters. pic.twitter.com/Mw1Hckhss9
— Chris Walker (@WalkerATX) March 29, 2023
O que diz a lei brasileira
Nadar com golfinhos como forma de turismo ou entretenimento é proibido no Brasil. A portaria do Ibama nº 117/96 coíbe o molestamento intencional de cetáceos encontrados em águas jurisdicionais brasileiras. O termo está de acordo com a Lei n° 7.643, de 18 de dezembro de 1987.
Por outro lado, é possível vê-los de longe em passeios, como aqueles oferecidos na Baia dos Golfinhos, em Fernando de Noronha (PE), ou na Ilha do Cardoso, em São Paulo (SP).
Em Manaus, por outro lado, é possível ter uma experiência mais imersiva. Os turistas podem observar os botos de dentro do rio, sendo proibido tocar, alimentar, tirar selfies ou interagir com o animal.