Google anuncia novas estratégias de combate a fake news nas eleições
O Google anunciou novidades em sua política de regras visando as eleições de 2022. Em evento nesta sexta-feira, 15 de outubro, a empresa divulgou as ações que vem tomando para combater a desinformação e lançou ferramentas que garantem maior transparência nas propagandas eleitorais que circulam na plataforma.
Todas as pessoas que quiserem veicular algum tipo de propaganda eleitoral precisarão passar por um processo de verificação. Isso significa entregar uma série de documentos e passar informações que comprovem que o indivíduo é quem diz ser. A medida já está valendo desde meados de setembro, e passará a ser obrigatória a partir de 17 de novembro.
As informações prestadas pelos candidatos e políticos serão disponibilizadas em um relatório aberto, disponível para qualquer indivíduo que deseje verificar tais dados.
Representantes do Google deram detalhes sobre a parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), considerada a espinha dorsal do projeto eleitoral da empresa.
Para combater a desinformação, o Google anunciou a renovação para 2022 do apoio do ComProva, coalizão que reúne 33 veículos de imprensa para checar desinformação que circula em sites e aplicativos de redes sociais.
A secretária-geral da presidência do TSE, Aline Osório, destacou que o programa de combate à desinformação, criado inicialmente para as eleições municipais de 2020, agora é permanente — uma vez que a desinformação não circula apenas em períodos eleitorais. Grande parte dos conteúdos eleitorais enganosos que circulam na internet, afinal, são antigos e reaproveitados de períodos anteriores.
Além disso, a empresa anunciou que o EducaMídia, iniciativa voltada para instruir a população sobre assuntos relacionados à imprensa, terá um módulo focado exclusivamente no combate à desinformação em períodos eleitorais. Atualmente, a iniciativa já conta com cursos voltados para pessoas com mais de 60 anos.
Além disso, o Google está alocando R$ 1,5 milhões para estimular organizações não governamentais a “empoderar” representantes de grupos sub-representados na política. As instituições que receberão o incentivo serão divulgadas nos próximos meses.