Após quase quatro anos, o Google chegou a um acordo para encerrar uma ação coletiva que acusava a empresa de violar secretamente a privacidade de internautas. A acusação sustentava que a big tech havia rastreado “milhões de usuários” na navegação anônima de navegadores, como o Google Chrome. Inicialmente, a indenização girava em torno de US$ 5 bilhões.
O processo estava tramitando desde 2020. A ação afirmava que a companhia utilizava análises, cookies e aplicativos de seu ecossistema para rastrear secretamente os hábitos de internet de pessoas ao redor do planeta. O principal argumento da acusação era de que a plataforma controlada pela Alphabet enganava usuários para ter acesso a dados e informações sensíveis.
Google tentou anular o caso
Em agosto do último ano, a gigante das buscas tentou anular o processo alegando que o Google Chrome notifica explicitamente que não armazena dados em navegação no modo privado, mas os sites acessados podem obter dados mesmo assim.
A tentativa, no entanto, terminou sem sucesso. A juíza responsável pelo caso não encontrou evidências de que os usuários do software do Google consentiram com a coleta de dados nas janelas anônimas. Isso, porque a plataforma nunca deixou claro que de fato fazia isso.
Além disso, os autores da denúncia alegavam que, com a coleta indevida de dados, a plataforma teve acesso a informações sensíveis e até “embaraçosas” de internautas.
Após o pedido da anulação do caso terminar sem sucesso, o Google passou a costurar uma outra maneira de encerrar o caso. Isso claro, sem necessariamente ter que pagar a indenização bilionária que a acusação solicitava pelos danos causados pela ação da empresa.
Até o momento, os termos do acordo, que foi revelado no dia 28 de dezembro, não foram divulgados. Nem Google e nem os autores do processo se pronunciaram oficialmente sobre o acordo. Contudo, ambas as partes terão de apresentá-lo até o final de fevereiro para aprovação formal da Justiça.