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Os primeiros passos do Projeto Loon no Brasil, que leva internet via balões do Google

Há alguns meses, o Google vem trabalhando em parceria com o governo brasileiro para implementar o Projeto Loon no país, soltando balões na estratosfera para levar acesso à internet em regiões remotas. Hoje, o Google concluiu a primeira fase de testes, após lançar balões em Teresina e Campo Maior, no Piauí. Foram dois lançamentos: em […]

Há alguns meses, o Google vem trabalhando em parceria com o governo brasileiro para implementar o Projeto Loon no país, soltando balões na estratosfera para levar acesso à internet em regiões remotas. Hoje, o Google concluiu a primeira fase de testes, após lançar balões em Teresina e Campo Maior, no Piauí.

Foram dois lançamentos: em 28 de maio, uma escola na zona rural de Campo Maior teve, pela primeira vez, uma aula com acesso à internet. Um balão sobrevoou a área, transmitindo sinal 4G LTE fornecido pela Vivo. O Loon promete “velocidades semelhantes a redes 3G atuais”, mas é a primeira vez no mundo que eles usam conexão 4G no projeto.

E hoje, 6 de junho, balões de alta pressão saíram do aeroporto de Teresina em evento com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. A estatal Telebras também está contribuindo com o projeto.

Estes são os primeiros balões lançados próximos à linha do equador: eles ainda precisam ser testados em condições de maior temperatura, o que aumenta a pressão interna e talvez os tornem mais difíceis de controlar. Fabio Coelho, presidente do Google Brasil, cita “regiões remotas, como a Amazônia ou as áreas rurais do Nordeste”, como áreas em potencial para o Loon – todas próximas ao equador.

O Projeto Loon ganhou uma página em português, mas vale relembrar como ele funciona: os balões são equipados com antenas de rádio para receberem o sinal de internet – vindo de operadoras móveis – e transmiti-lo para outros balões e para o solo. Para receber o sinal do Loon, é preciso ter uma antena especial na sua casa, escola ou empresa.

Os balões são transportados pelo vento ao dobro da altitude de aviões, e também podem ser comandados para ganhar ou perder altitude: dessa forma, é possível encontrar correntes de vento desejáveis e deixar o balão voar sozinho. Cada um deles fornece internet a uma área de até 40 km de diâmetro (cerca de 1.200 km²).

Testes estão sendo realizados desde junho do ano passado: na Nova Zelândia, os balões ofereceram acesso à internet com velocidades próximas ao 3G. E o futuro pode trazer velocidades mais rápidas e até drones em vez de balões: em abril, o Google comprou a Titan Aerospace, e esta empresa de drones vai trabalhar em conjunto com o Projeto Loon.

O Facebook também conta com uma iniciativa de internet para todos: é o Internet.org, que planeja usar drones e lasers, mas ainda está nos estágios iniciais. O projeto também envolve empresas como Samsung, Nokia, Qualcomm e Opera.

Fotos por Andrea Dunlap/Google

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