A briga de carteiras digitais das grandes plataformas deve ser acirrada em 2018. Além do Apple Pay, que deve chegar em breve, o Google anunciou agora uma mudança em seu sistema. Sai o Android Pay e entra o Google Pay.
O Google Pay consiste na união de dois produtos do Google: o já citado Android Pay (que permite pagamentos em lojas físicas) e o Pagar com o Google (que permite fazer pagamentos online, como no iFood, a partir de um cartão vinculado a sua conta de e-mail).
• O Apple Pay deve desembarcar no Brasil nos “próximos meses”
• Primeiro supermercado automatizado da Amazon começa a funcionar nos EUA
Nos próximos dias, quem tiver o Android Pay já instalado receberá uma atualização em que o app será renomeado para Google Pay. O update está rolando aos poucos e no meu celular já está funcionando a nova versão.
Junto com o anúncio do Google Pay, a companhia também informou que clientes Bradesco com bandeira Visa passam a integrar a plataforma de pagamento. No ano passado, no lançamento do Android Pay, o serviço tinha parcerias fechadas com o Banco do Brasil, Caixa, Brasil Pré-Pago e Porto Seguro, além de alguns varejistas, como Posto Ipiranga, Carrefour e Kalunga, para mencionar alguns.
No fim das contas, além do controle de gastos facilmente disponível no app, o pagamento via tecnologia NFC do Google traz como vantagem o fato de não compartilhar o número do seu cartão com estabelecimentos. Isso é importante, pois evita clonagem de cartão ou mesmo roubo de informações. Para completar uma operação, “é enviado um número de conta virtual para representar as informações da sua conta”, como explica o próprio Google.
Aparentemente, 2018 vai ser promissor para os pagamentos móveis no Brasil. Já temos o Samsung Pay disponível já há dois anos, que é limitado aos aparelhos da marca e ganhando compatibilidade com mais serviços — rola até integrar o Ticket Restaurante e Alimentação.
Tem ainda o Apple Pay, que funciona apenas em iPhones 6 ou superior, que tem dado teasers há um tempo, mas que ainda não estreou.
Só espero que junto com a popularização, venham também mecanismos de segurança equivalentes. Se o smartphone que concentra boa parte da vida já é um item bastante roubado, imagine o que pode acontecer com o aparelho sendo também o centro da vida financeira de alguém.