O Google está trabalhando em um gadget exclusivo para pré-adolescentes e deve focar nesse público nos próximos anos. A informação é do site Insider, que conversou com três funcionários familiarizados com o projeto.
Segundo as fontes, o “Projeto Eleven” – nome usado internamente – deve ser um wearable com o objetivo de ajudar crianças mais velhas a formar relacionamentos saudáveis com seus smartphones e mídias sociais.
A ideia é que o dispositivo traga recursos de segurança que permitam aos pais entrar em contato com os menores, além de incluir GPS, conectividade com smartphones e com a internet. O protótipo está sendo desenvolvido pela empresa FitBit, que pertence ao Google.
O wearable seria uma atualização do smartwatch Ace 3, da FitBit, destinado a crianças de seis a 12 anos. O dispositivo oferece um app que mostra aos pais os padrões e atividades básicas de sono das crianças, mas não onde estão fisicamente.
Os funcionários disseram que a equipe experimentou versões do dispositivo com e sem tela. Outra funcionalidade que passa por testes é o envio mensal de novas informações como parte de um serviço de assinatura.
Assim como o Ace 3, o Projeto Eleven também incentivaria a atividade física. O dispositivo da FitBit pede que as crianças se movimentem caso permaneçam sentadas por mais de 50 minutos.
Foco nos mais jovens
Dados internos mostram que o Projeto Eleven está sendo desenvolvido pela equipe australiana da FitBit, liderada pelo vice-presidente de projetos especiais Anil Sabharwal.
A expectativa é que o gadget seja lançado pelo Google em 2024, mas é possível que isso não aconteça. A companhia ainda patina no desenvolvimento de wearables e está muito atrás da Apple no setor.
Em outubro, a big tech remanejou equipes para se concentrar na segunda geração do Pixel Watch. É uma tentativa de alcançar a concorrente, que ganha espaço nas vendas de wearables para crianças de até cinco anos, como mostra reportagem do NY Times de setembro.
Por isso, o Projeto Eleven seria uma oportunidade para avançar no mercado de usuários mais jovens. “Eles falam muito sobre envolver o mercado adolescente”, disse um dos funcionários entrevistados. O Google preferiu não se manifestar sobre o assunto.
Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps
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