O lançamento do Android 13 pode pressionar a Samsung a adotar o sistema de “atualizações contínuas”, que já existe nos smartphones com o sistema operacional do Google há pelo menos cinco anos.
Até o Android 12, o uso da tecnologia foi opcional. Mas, a partir do Android 13, já não há mais como fugir, já que os smartphones obrigatoriamente precisarão ter suporte à ferramenta do Google.
Para evitar que um smartphone fique atualizando eternamente quando há alguma nova versão de software disponível, o Google implementou em 2017 as “atualizações contínuas”. O mecanismo serve para otimizar o tempo de upgrade dos dispositivos, e é o grande responsável pelo celular não ficar completamente inutilizável durante uma atualização de software.
Desde a implementação do recurso, o Android adotou um sistema “A/B”. Com isso, durante o processo, a atualização é realizada na parte inativa do sistema. Enquanto isso, o usuário pode continuar utilizando normalmente a parte ativa do SO. Após a reinicialização do aparelho, os itens trocam de papel. Daí, a parte antes ativa fica inativa para receber o upgrade.
O processo torna as atualizações muito mais velozes e práticas. Antes disso, as atualizações poderiam durar até 15 minutos e, durante este período, o usuário não podia usar seu smartphone. Com a implementação da tecnologia, as principais fabricantes do planeta já trabalham com atualizações contínuas. Uma das únicas exceções é, justamente, a Samsung.
Mas no novo sistema operacional móvel da gigante da tecnologia a sul-coreana não tem para onde correr, o suporte ao sistema de partições e o método de atualizações contínuas é condição obrigatória para as fabricantes de aparelhos móveis certificarem o Android 13 e ter suporte a todos os serviços do Google.